"Em França queremos que os estrangeiros cumpram as regras. Farei o mesmo no Catar"
O "capitão" da França, o guarda-redes Hugo Lloris, campeão do mundo em 2018, disse esta segunda-feira que "é preciso respeitar" o Catar e a sua cultura, quando questionado sobre se usaria uma braçadeira especial pela inclusão durante o Campeonato do Mundo
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A poucos dias do início do Mundial, se algumas seleções se têm posicionado em prol dos direitos humanos, outras têm preferido seguir as indicações da FIFA, que pediu que as federações e atletas se concentrassem no futebol e não em questões políticas.
O capitão da França, o guarda-redes Hugo Lloris, campeão do mundo em 2018, disse esta segunda-feira que "é preciso respeitar" o Catar e a sua cultura, quando questionado sobre se usaria uma braçadeira especial pela inclusão durante o Campeonato do Mundo.
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"Quando recebemos estrangeiros em França, queremos que cumpram as nossas regras e respeitem a nossa cultura. Farei o mesmo no Catar. Posso concordar com as ideias ou não concordar, mas devo respeitar", acrescentou.
Embora as autoridades do Catar neguem, várias organizações apontam para milhares de mortes naquele país entre 2010 e 2019 em trabalhos relacionados com o Mundial, com um relatório do jornal britânico The Guardian, de fevereiro deste ano, a cifrar o valor em 6.500 óbitos, número que muitos consideram conservador.
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Ao longo dos últimos anos, numerosas organizações e instituições têm apelado também à defesa dos direitos de adeptos, e não só, pertencentes à comunidade LGBTQI+, tendo em conta a perseguição de que são alvo em solo qatari.
Várias seleções, como Dinamarca, Austrália ou Estados Unidos, posicionaram-se ativamente contra os abusos ou a favor da inclusão e proteção quer dos migrantes quer da comunidade LGBTQI+, tanto a viver no país como quem pretende viajar para assistir aos jogos.
Em maio, a seis meses do arranque da competição, a Amnistia Internacional assinou uma carta aberta endereçada ao presidente da FIFA, Gianni Infantino, ao lado de associações como a Human Rights Watch, pedindo-lhe que invista o mesmo valor dos prémios atribuídos às seleções pela performance no torneio num mecanismo de compensação.