"Provocação de Gabriel a Haaland? Não gostei, é uma falta de respeito"

Gary Neville, antigo capitão do Manchester United, assumiu esta segunda-feira que não gostou de ver uma provocação de Gabriel Magalhães a Erling Haaland durante a goleada imposta pelo Arsenal ao Manchester City (5-1), no domingo, em que o avançado norueguês marcou o único golo dos citizens. 

O jovem Myles Lewis-Skelly reforçou essa atitude quando imitou o habitual festejo do goleador após fazer o 3-1 para os gunners, mas foi a reação do central brasileiro - gritou na cara de Haaland - ao primeiro golo da partida, apontado por Martin Odegaard logo aos dois minutos, que não caiu bem a Neville. 

“Já me aconteceu em Highbury, há muitos anos atrás, que um jogador chegasse ao pé de mim e me gritasse na cara. Vencemos o jogo 4-2 naquele dia. Eu não gostei, penso que é uma falta de respeito. Eu entendo que Haaland hoje em dia é uma espécie de vilão, mas houve algo naquilo de que não gostei. Eu fui muitas coisas, mas nunca fiz aquilo, nunca gritei na cara de um jogador. Há algo sobre isso que não me soube bem. Foi um pouco desrespeitoso”, apontou, em direto para o seu podcast. 

Ao mesmo tempo, o antigo internacional inglês e treinador, agora comentador, considerou que a pesada derrota do City se deveu às escolhas de Pep Guardiola para a partida. 

“A partir do momento em que defrontas o City e aumentas o nível de intensidade, eles têm mesmo dificuldades. Já não têm energia enquanto equipa, são maus em transições. Tenho de dizer que achei que Guardiola iria lidar bem melhor com a perda de Rodri. Se fosse outro treinador, dir-lhe-iam: ‘Tens a certeza que Bernardo Silva e Kovacic vão funcionar contra o Arsenal, que tem Odegaard, Declan Rice e Thomas Partey?’. São jogadores energéticos e que têm muito poder e qualidade. Penso que, para que eles tivessem realmente uma chance, talvez deveriam ter enchido o meio-campo com três ou quatro jogadores. Pensei apenas que Guardiola talvez tivesse errado na sua escolha de onze”, referiu. 

Com a goleada, o "vice" Arsenal manteve-se a seis pontos do líder Liverpool (56), que têm um jogo a menos, na Premier League, ao mesmo tempo em que afastou o Manchester City (quarto, com 41) do segundo e terceiro lugar, ocupado pelo Nottingham Forest (47) de Nuno Espírito Santo. 

Veja as provocações do Arsenal a Haaland: