Proteção "tirou" golos a Jiménez: "Tem de se adaptar a uma nova realidade"
Era um dos melhores cabeceadores da Premier, mas após a lesão grave só marcou com o pé
Corpo do artigo
A época de 2019/20, a segunda no Wolverhampton, foi a mais produtiva de Raúl Jiménez em termos de golos, faturando por 27 vezes em 55 jogos. Desses tentos, oito, mais de um terço, foram obtidos de cabeça, razão pela qual o dianteiro era justamente considerado um dos melhores cabeceadores do futebol inglês. Uma arma que "perdeu" desde que sofreu um traumatismo com fratura craniana.
A 29 de novembro de 2020, o avançado mexicano teve um choque violento com David Luiz (então no Arsenal), lesionando-se gravemente. Chegou a temer-se que Jiménez não pudesse voltar a jogar futebol, mas oito meses depois regressou aos relvados, no verão passado. Durante a corrente temporada, o atacante soma cinco golos em 27 jogos e todos foram obtidos com o pé direito (um dos quais de penálti).
Perante esta falta de golos de cabeça do dianteiro, Bruno Lage, treinador dos Wolves, avançou ao "The Athletic" algumas explicações para a menor eficácia no jogo aéreo, nomeadamente a proteção de cabeça que o futebolista passou a usar devido à lesão sofrida.
"Ele não se sente diferente por dentro. Mas a proteção [de cabeça] não lhe dá o mesmo poder e direção. Por vezes ele toca a bola e esta vai numa direção contrária. É uma grande mudança, não o podemos esquecer. É tempo de ele se adaptar a uma nova realidade", contou o técnico.