Ali Koç não esconde mágoa com a decisão de rescindir contrato com o treinador português
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Ali Koç, presidente do Fenerbahçe, voltou a falar esta sexta-feira sobre a decisão de rescindir contrato com José Mourinho após a eliminação frente ao Benfica no play-off de acesso à fase regular da Liga dos Campeões.
Em declarações à imprensa turca, o dirigente admitiu que essa decisão lhe causou muita mágoa, já que tinha um carinho pelo treinador português que se estendia muito além do lado profissional.
“Foi muito difícil separar-me de José Mourinho. Não se trata da responsabilidade financeira ou da imprensa. O que mais me entristeceu foi o lado emocional. Ele era parte da minha família. Tínhamos uma relação muito boa. Não era apenas futebol, era uma relação familiar. Foi esse lado que me entristeceu”, admitiu, justificando de seguida o que motivou este despedimento.
“O futebol ofensivo não existiu na época passada. Tínhamos conversado sobre isso e eu pensava que estávamos de acordo. No início desta temporada, o quadro que vimos nos primeiros cinco jogos oficiais foi semelhante ao da temporada passada. Qualquer equipa pode ser eliminada pelo Benfica, mas o futebol que jogámos incomodou-me. Por isso, foi uma decisão muito arriscada e difícil. Tivemos de tomar esta decisão difícil porque não víamos muita luz ao fundo do túnel em termos de campeonato”, explicou, acrescentando: “Não houve nenhuma queixa em relação à sua ética de trabalho. Quando disse que ele era aborrecido, referia-me ao facto de ser um ‘workaholic’. Da minha parte, não há qualquer ressentimento”.
Ali Koç também voltou a comentar a contratação de Kerem Akturkoglu, autor do golo que eliminou os turcos no play-off, após esse segundo jogo decisivo com as águias: “Quando deixámos Portugal, a transferência de Kerem tinha fracassado. Quando estávamos no avião, seja o que for que Kerem tenha dito, as negociações recomeçaram aí. Quando aterrámos em Istambul, chegámos ao ponto de apertar mãos”.