Josep Maria Bartomeu, contestado no interior do clube espanhol há vários meses, ia ser alvo de uma moção de censura. Estava no cargo desde 2014
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Ponto final da contestação. Josep Maria Bartomeu apresentou, esta terça-feira, a demissão do cargo de presidente do Barcelona, assim como o restante elenco diretivo do clube da Catalunha, que oficializou a saída nas plataformas digitais.
A decisão global de renúncia, tomada na última reunião de emergência da direção blaugrana, ocorrida durante a tarde, foi motivada pelo entendimento de Bartomeu de que este não seria o momento adequado para a realização da moção de censura aos ex-dirigentes, que recolhera 20 mil assinaturas de associados.
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Os agora ex-responsáveis do Barcelona tentaram adiar, sem sucesso, a realização do referendo, direito associativo previsto nos estatutos do clube, em função do Estado de Emergência que vigora em Espanha devido à pandemia.
Josep Bartomeu justificou, em carta enviada a Pere Aragones, presidente interino do governo regional da Catalunha, que a demissão deve-se à "maior preocupação em evitar qualquer ação que coloque esses grupos em alto risco de contágio", já que o eleitorado blaugrana tem "uma idade média de 58 anos, com mais de 40 mil membros com mais de 60 anos".
Todavia, o executivo regional catalão reiterou "não haver impedimentos jurídicos para celebrar o voto de censura" e não considerou, sequer, a proposta apresentada por Josep Bartomeu que pedia "15 dias de margem para garantir as medidas de segurança necessárias".
Josep Maria Bartomeu era alvo de contestação interna desde que Leo Messi anunciou a intenção de deixar o clube por estar descontente pela gestão corrente, além do própro caso 'Barçagate'. Jordi Farré, pré-candidato às eleições presidenciais do clube no próximo ano, declarou, por isso, uma moção de censura a Bartomeu e à restante direção.
O clube da Catalunha será agora dirigido por uma comissão de gestão, a cargo de Carles Tusquets, presidente da comissão estatutária económica do Barcelona, sendo que terá de convocar eleições no prazo máximo de três meses, assim que os seus membros tomarem posse.
Neste momento, estão já confirmados os pré-candidatos Jordi Farré, Agustí Benedito, Víctor Font, Toni Freixa e Lluís Fernández Alà ao cargo de presidente do Barcelona.