Presidente da UEFA reitera responsabilização dos clubes da Superliga e divide os "culpados"
Aleksander Ceferin, líder do organismo que tutela o futebol europeu, insiste que os emblemas fundadores do campeonato elitista "têm de assumir consequências" pela ação à revelia
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Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, reiterou, este domingo, que os 12 clubes que projetaram a criação, à revelia, da Superliga Europeia vão ser chamados à responsabilidade pelo intento, recusando deixar passar em branco o sucedido.
"Todos têm de assumir consequências pelo que fizeram e não podemos fingir que nada aconteceu. (...) Não está bem o que eles fizeram e veremos nos próximos dias o que temos de fazer. Todos serão considerados responsáveis. Como? Veremos", prometeu o dirigente.
Em 18 de abril, os responsáveis de Barcelona, Real Madrid, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham, Chelsea, Milan, Juventus, Atlético de Madrid e Inter anunciaram, de forma unilateral, o surgimento de uma competição restrito.
O presidente da UEFA, na entrevista ao 'Daily Mail', estabelece, pese a estratégia concertada dos 12 clubes, "uma diferença clara" na consciência tida por seis emblemas ingleses e pelos outros fundadores, sendo particularmente mordaz com três deles.
"Para mim há três grupos destes 12 - os seis ingleses [Man. United, Man. City, Arsenal, Tottenham, Chelsea e Liverpool], que saíram primeiro, depois os outros três [Atlético Madrid, Milan, Inter] e depois os que sentem que a Terra é plana e pensam que a Superliga ainda existe [Real Madrid, Barça e Juventus]", afirmou Ceferin.
Face à muita contestação feita por vozes pertencentes a governos europeus, a órgãos da UEFA, da FIFA, de federações e ligas, assim como por milhares de adeptos, o projeto elitista "sobreviveu" 48 horas. Apenas Real Madrid, Barcelona e Juventus mantêm o plano.
Aleksander Ceferin evidenciou, na entrevista ao jornal britânico, que serão aplicados diferentes castigos aos 12 clubes fundadores da "desmantelada" Superliga europeia, sublinhando que a chamada à responsabilidade será feita.
"Não quero dizer que será um processo disciplinar, mas tem de ficar claro que todos têm de ser responsabilizados de uma forma diferente. Será disciplinar? É a decisão da comissão executiva? Veremos", concluiu.