Greg Clarke será agora substituído de forma interina por Peter McCormick
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Greg Clarke demitiu-se, esta terça-feira, do cargo de presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA), na sequência de declarações polémicas proferidas em ambiente de debate sobre a diversidade étnica e sexual, durante uma audiência realizada na Câmara dos Comuns.
"Podemos confirmar que Greg Clarke se demitiu da sua função de presidente", lê-se numa nota publicada pela FA, que já se havia desculpado pelas observações do agora ex-presidente, de 63 anos, logo após a audiência com o comité de supervisão do desporto inglês (DCMS).
O organismo anunciou ainda que Peter McCormick "assumirá o papel de presidente interino com efeito imediato" do organismo que rege o futebol inglês e que o "Conselho da FA vai iniciar o processo de identificação de um novo presidente em devido tempo".
Greg Clarke suscitara críticas por se referir a "jogadores de cor" quando se discutiam abusos racistas a futebolistas em Inglaterra, por acusar as comunidades afro-caribenha e do Sul da Ásia de terem "diferentes interesses" no âmbito da sexualidade, que considerou ser uma "escolha de vida".
Clarke referiu também que "nunca pressionaria ninguém a revelar a sua sexualidade" e questionou se, "caso um jogador se assumisse orgulhosamente gay e feliz com a escolha, teria o apoio dos seus companheiros no balneário".
O agora ex-dirigente do organismo inglês, que também lamentara essas considerações tal o volume de reações de indignação, pronunciou-se, depois, para justificar a renúncia do cargo presidencial da FA, que ocupava desde 2016.
"As minhas palavras inaceitáveis diante do Parlamento foram um mau serviço para o nosso jogo e para aqueles que o observam, jogam, arbitram e administram. Isto cristalizou a minha determinação em seguir em frente", considerou o ainda vice-presidente da FIFA.