Premier League aprova duas substituições extra em caso de concussão cerebral
A regra entra em vigor já na jornada deste fim-de-semana, nos campeonatos masculino e feminino
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Foi aprovada esta sexta-feira pela Premier League a regra que permite duas substituições extra caso haja concussão cerebral.
Esta regra foi aprovada um dia depois de Nanu ter sofrido uma concussão cerebral - além de um traumatismo vértebro-medular - que o forçou a ser hospitalizado. O FC Porto jogou o resto da partida com dez jogadores porque, apesar de só ter efetuado quatro substituições, já tinha feito uso das três paragens permitidas.
Há muito que este tema era discutido pelo organismo que gere as leis do jogo, o International Board (IFAB) e os ensaios começam já a partir deste fim-de-semana na Premier League, tanto no campeonato masculino como feminino, e estarão em vigor até ao fim desta época, no mínimo.
A intenção é que, num futuro próximo, estas substituições extra façam parte das regras em todas as provas.
O PROCEDIMENTO
Para lá das cinco substituições permitidas neste momento, cada equipa poderá fazer outras duas alterações, apenas para casos que sejam diagnosticados pelos médicos como concussão cerebral.
Sempre que haja essa suspeita, as equipas médicas fazem a avaliação no relvado e com a ajuda das imagens da transmissão televisiva. O árbitro dará todo o tempo necessário aos médicos para fazerem o diagnóstico, com os meios que têm à disposição, naturalmente.
Caso um jogador tenha de ser substituído por ter sofrido uma concussão cerebral, a equipa adversária terá também o direito de substituir mais um jogador para lá das cinco alterações, independentemente de ter ou não um elemento com uma concussão cerebral. Contudo, não é obrigada a fazer a substituição no momento do incidente, ou sequer a fazê-la, de todo. Tem apenas essa possibilidade, numa medida que visa permitir que as duas equipas possam ter em campo igual número de jogadores "frescos".
Se as equipas médicas não detetarem, em primeira instância, sintomas de concussão cerebral, o jogador está autorizado a continuar em campo, mas mantém-se a possibilidade de ser substituído no âmbito desta regra, caso os sintomas se manifestem mais tarde.
CARTÃO BRANCO E CARTÃO VERDE
Como já explicámos, cada equipa pode substituir até dois jogadores em caso de concussão cerebral, com a formação adversária a ter a possibilidade de realizar igual número de alterações.
Caso haja esse diagnóstico, a equipa entrega um cartão verde ao quarto árbitro, que simboliza a substituição por concussão cerebral. Do seu lado, a outra equipa fica com o cartão branco na mão, para poder executar a substituição extra a que também tem direito.
Esta regra foi aprovada um dia depois de Nanu ter sofrido uma concussão cerebral - além de um traumatismo vértebro-medular - que o forçou a ser hospitalizado. O FC Porto jogou o resto da partida com dez jogadores porque, apesar de só ter efetuado quatro substituições, já tinha feito uso das três paragens permitidas.
Se esta nova regra da Premier League estivesse em vigor, os dragões poderiam ter substituído Nanu e o Belenenses tinha direito a uma outra substituição.