Postecoglou não gosta que adeptos o filmem: "É a arma mais perigosa e vou reagir"

Ange Postecoglou, treinador do Tottenham, foi questionado em conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Southampton (domingo, 14h00) sobre o porquê de confrontar alguns fãs qe o filmam na rua. Nos últimos tempos, muitos vídeos circularam nas redes sociais com o grego-australiano a ter reações mais "agressivas" quando colocado numa situação destas. O técnico diz que não concorda com a atitude e que vai sempre confrontar essas pessoas. 

"As pessoas apenas querem uma reação. Eles só querem os seus cinco minutos de fama, porque é isso que isto (um telemóvel) lhes dá. Era disso que eu estava a falar. Para os jovens, é mais perigoso do que qualquer outra arma do mundo, na minha opinião. Se eu não puxar do telefone, especialmente os jovens que puxam do telefone e o apontam à minha cara, o que os impede de o fazerem no pátio da escola? O que é que os impede de o fazer na vida em geral? É um mecanismo de intimidação e bullying. Não é uma crítica. Se pensam que, ao fim de 30 anos de carreira, nunca recebi insultos, é porque foi desde o primeiro dia! Eu não reajo a isso. Mas se alguém estiver a segurar um telefone, vou reagir porque não vou aceitar. Talvez tenha sido no jogo do Fulham, quando aconteceu, eram dois rapazes, não sei se aparece no vídeo, mas perguntei-lhes onde estava o pai ou a mãe deles. Eles ficaram um pouco envergonhados. Não é à crítica que estou a reagir, é ao facto de estarem a segurar um telefone. Porque é que estão a segurar um telemóvel? O que é que estão a tentar fazer? Para poderem colocar nas redes sociais e dizer 'olha, consegui que o Ange Postecoglou reagisse, não é fantástico?' Eu aguento, tenho 60 anos, mas e se fizerem isso no pátio da escola, e se fizerem isso na vida em geral, e se fizerem isso a ti? Assim que eu vir um telemóvel, vou reagir. Não vou aceitar", explicou.

"Espero poder estar enganado, mas não praguejei, não fui abusivo, apenas fiz uma simples pergunta. Vou sempre fazer isso. Sou um velho que se insurge contra a sociedade, mas, como disse desde o início, não vou ser uma daquelas pessoas que a aceitam. Não estou na fase da minha vida em que vou aceitar que as pessoas tentem intimidar-me ou antagonizar-me e tentem fazer coisas que, na minha opinião, demonstram total desrespeito. Mais uma vez, não estou a falar de alguém que me grita por cima de uma vedação. Vou ser específico quanto a isso. Já aconteceu algumas vezes e eu reagi e reagirei sempre", acrescentou Postecoglou.