Contingente luso é já o quarto maior desta competição, apenas atrás do francês (33 elementos), espanhol (32) e brasileiro (23).
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Pela primeira vez na história, Portugal, entre jogadores e treinadores, chega aos 20 representantes na Premier League.
Passa assim a ser o quarto país estrangeiro em número de elementos no campeonato inglês, apenas atrás de França (33 representantes), Espanha (32) e Brasil (23). Mais um indicador do salto qualitativo e quantitativo dado nos últimos anos pelo futebol português no que diz respeito à expressão internacional.
Em relação a lusos, a grande novidade é João Cancelo, que cumpre um sonho pessoal ao transferir-se da Juventus para o futebol inglês, mas é preciso também realçar um duo que igualmente chega de Itália: Pedro Neto e Bruno Jordão. Quanto a saídas, destaque para Ivan Cavaleiro e Hélder Costa, ambos emprestados pelos Wolves, a Fulham e Leeds, respetivamente.
Portugal tem jogadores em algumas das melhores equipas da prova, como é o caso do Manchester City, que é bicampeão em título e, como tal, volta a partir como grande favorito. Esta época, porém, os citizens têm a concorrência de um Liverpool mais confiante do que nunca: por um lado, pela vitória na última Champions; por outro, pela superioridade evidenciada sobre este mesmo City na última Supertaça inglesa, e isto apesar da derrota no desempate por grandes penalidades.
Nesse jogo, o City marcou primeiro, mas na segunda parte assistiu-se a um autêntico festival por parte do Liverpool, que só marcou um golo mas falhou pelo menos cinco. Os reds perderam nos penáltis, mas terão ganho uma almofada psicológica que pode vir a ter reflexos futuros.
Quatro jogadores portugueses vão disputar pela primeira vez a Premier League: são eles João Cancelo, Gonçalo Cardoso, Pedro Neto e Bruno Jordão
Os bicampeões adquiriram dois elementos com capacidade para entrarem de imediato na primeira equipa, como são os casos de João Cancelo e de Rodri. Já o Liverpool preferiu a continuidade e a estabilidade, não apresentando até ontem (fecho de mercado em Inglaterra) nenhum reforço significativo.
Com presença na abertura desta edição, esta sexta-feira, frente ao Norwich, o Liverpool não é campeão há 30 anos, pelo que, esta época, esse será mesmo o grande desafio de Klopp, Salah e companhia.
Quanto aos restantes membros dos Big Six, o Chelsea está proibido de contratar, pelo que não colmatou a saída importante de Hazard. O United adquiriu Maguire e Bissaka, mas perdeu Lukaku, pelo que não se prevê significativa margem de crescimento. O mesmo não se pode dizer do Arsenal, reforçado com os tecnicamente dotados Ceballos e Pépé, ou do Tottenham, agora com Lo Celso e Ryan Sessegnon.
Tal como na época passada, Nuno Espírito Santo e Marco Silva estarão, respetivamente, nos bancos de Wolverhampton e Everton
Numa segunda linha, destaque para o Everton, que adquiriu Moise Kean à Juventus, mas também Delph, Sidibé, Gbamin ou Iwobi, todos eles com baixa margem de risco. É alta a cartada jogada pelos toffees, pelo que Marco Silva tem - mesmo - de justificar o investimento com bons resultados. Quanto aos Wolves, depois de já terem mostrado que podem jogar de igual para igual com os maiores, vão tentar agora deixar de perder pontos contra os mais fracos. Se o conseguirem, atenção a Nuno e seus pupilos: neles pode residir a grande surpresa desta época.
Diminui o número de aquisições
Esta janela de transferências constituiu-se como a que menor número de transferências registou na Premier League desde o início do século. Excluindo empréstimos, os clubes ingleses reforçaram-se com 94 futebolistas, bem menos do que os 109 da janela de verão da época passada. Desde o ano 2000, só em 2002/03 houve paralelo (também 94). Em termos financeiros, verificou-se quase o oposto, com os clubes da Premier a gastarem 1513 milhões de euros nesta janela. Quantia superior a esta apenas foi despendida em 2017/18, quando foram gastos 1591 milhões.