Portugueses dos Wolves: o mais falador, o que se veste melhor e o com jeito para a cozinha
(ENTREVISTA PARTE 2) O Wolverhampton está no sexto lugar da Premier League a dois pontos do Manchester United e a cinco dos lugares de acesso à Champions. A ambição de Podence passa por lutar por mais e melhor no futuro e por agora tem retirado boas impressões do trabalho com Nuno Espírito Santo.
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Que impressões tem das primeiras semanas de trabalho com Nuno Espírito Santo?
-Tem sido bom. É um treinador muito competente com uma ideia de jogo diferente da do Olympiacos.
Por falar em Olympiacos, acabou por voltar lá provavelmente muito antes do que pensaria, mas em circunstâncias diferentes, pois o estádio estava vazio...
-Foi uma coincidência incrível. Aliás, eu não acredito em coincidências e diria mesmo que foi o destino. Jogar contra os meus ex- colegas na casa que me tratou incrivelmente bem mas perante um estádio vazio foi muito estranho. Tinha curiosidade para ver como os adeptos me iam receber. Fui adorado por todos, mas são fãs que sabem puxar muito bem contra os adversários.
Tiveram receio de ir jogar à Grécia quando souberam que o presidente do Olympiacos estava infetado com coronavírus?
-Não. Sempre estive em contacto com o Olympiacos, as pessoas do Wolverhampton também o estavam e sempre soubemos que os jogadores tinham feito testes que deram negativo.
Empataram na primeira-mão na Grécia, eliminaram o Espanhol com relativa facilidade na eliminatória anterior...o Wolverhampton é candidato a ganhar a Liga Europa?
- Claro que temos. O Wolverhampton é um clube com alguma história e eu já ganhei títulos em todos os clubes por onde passei, inclusive no Moreirense com a Taça da Liga. Nos Wolves estamos a lutar pelo quinto, sexto lugar, mas ninguém me diz que na próxima época não podemos lutar pelo segundo e pelo acesso à Liga dos Campeões ou pela vitória na Liga Europa esta temporada.
NÃO SAIA DE CASA, LEIA O JOGO NO E-PAPER. CUIDE DE SI, CUIDE DE TODOS
Nuno disse, antes do jogo do Olympiacos, que não fazia sentido estar a jogar futebol ao mesmo tempo que várias pessoas estavam a morrer de Covid-19. Concorda?
-O "mister" teve toda a razão. O Mundo está todo a fechar e o futebol estava a agir como se nada se passasse. Temos que dar um tempo até que isto acalme.
E aí em Inglaterra, como é que é o vosso dia a dia?
-É ficar em casa. Como portugueses, temos noção do que isto é porque acompanhamos o que se passa em Portugal e no resto da Europa. Só saio para fazer compras e, quando saí, há quatro ou cinco dias, vi um supermercado cheio de crianças e idosos sem qualquer tipo de proteção. Entretanto, tem havido uma grande redução do número de pessoas na rua, excepto nos supermercados ou farmácias, onde ainda há muita gente, mas já com outros cuidados, como filas com muito espaço entre pessoas e entrada limitada.
Que opinião tem sobre uma possível redução salarial, medida que já está a ser adotada noutros países?
-Essa redução pode tirar qualidade à Premier League e será complicado para um país que vive muito do futebol.
Tem acompanhado a situação dos antigos colegas de Olympiacos?
- Estão em casa, como toda a gente. Não vão ao clube, enquanto esperam por novas indicações dos treinadores.
Depois de ter saído da Grécia, o Olympiacos conseguiu uma grande vitória em Londres, com o Arsenal. Vibrou com esse triunfo?
- Claro que sim. Vou vibrar com todas as vitórias do Olympiacos. É um clube que levo para sempre na minha vida.
Desafiámos Podence a revelar, mais com uma pitada de humor, sobre os restantes sete portugueses dos Wolves (Rui Patrício, Rúben Vinagre, Bruno Jordão, Rúben Neves, João Moutinho, Pedro Neto e Diogo Jota).
O mais divertido: Pedro Neto
O que fala mais: Pedro Neto
O que se veste melhor: São todos fracos, não dá para dizer um... sou eu.
O que cozinhe petiscos portugueses: O Rúben Vinagre faz um bom frango assado.