Portugal viciado em festas: o contraste de títulos entre portugueses e espanhóis
Foram 16 jogadores portugueses a vencer títulos esta época, contra apenas oito espanhóis.
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É um Portugal feliz e com espírito de conquista aquele que, na próxima quinta-feira, em Sevilha, vai defrontar a Espanha na jornada de abertura da Liga das Nações de 2022/23. Um estado de alma bem positivo que é decorrente das muitas conquistas desta época por parte de uma grossa fatia dos convocados por Fernando Santos para este estágio, em contraste com o que se verifica na seleção espanhola, que teve bem menos troféus saboreados por parte dos seus jogadores.
Aliás, a proporção é praticamente inversa: enquanto 16 jogadores de Portugal venceram troféus esta época e apenas dez ficaram de mãos a abanar, do lado espanhol foi ao contrário, com oito elementos a festejarem a conquista de títulos, ficando 17 sem direito a champanhe.
Curiosamente, a final da Liga dos Campeões ontem realizada na cidade de Paris, em nada podia alterar esta contabilidade em específico, uma vez que o português Diogo Jota já tinha ganho títulos (Taça de Inglaterra e Taça da Liga) e, quanto ao contingente espanhol, as duas equipas finalistas de ontem estavam representadas com futebolistas que também já tinham festejado esta temporada (Thiago Alcántara nos reds, Asensio e Carvajal nos merengues).
Dez portugueses foram campeões nacionais, quatro deles no FC Porto. Do lado espanhol, apenas três foram campeões nacionais
A Champions acabou por ser o título mais apetecido de todos, obviamente, transmitindo como tal uma alegria bem especial, e bem fresca, para os dois jogadores do Real que amanhã se se vão juntar à Espanha ainda em completa euforia. Mas esta foi uma época que, a este nível, acaba por ser plenamente satisfatória para vários outros futebolistas em questão, nomeadamente para aqueles que se sagraram campeões nacionais dos respetivos países.
Trio do United chega em contramão
Na convocatória da seleção portuguesa, por exemplo, isso mesmo foi o que aconteceu com os quatro elementos que pertencem aos quadros do FC Porto, todos eles campeões nacionais de Portugal (e isto além da principal taça interna, numa sempre tão saborosa dobradinha), mas também, por exemplo, com Rafael Leão, o sensacional campeão italiano pelo Milan, que até acabou por ser eleito como melhor jogador de toda a Serie A. Em destaque estiveram também João Cancelo e Bernardo Silva, campeões ingleses já em cima da linha de meta, assim como Nuno Mendes e Danilo, campeões franceses, ainda que estes a confirmar apenas o imenso favoritismo que já tinham à partida. E estamos a mencionar, portanto, três dos países de topo do futebol europeu, o que exponencia ainda mais a relevância destas proezas.
Neste aspeto, em relação à seleção lusa, apenas o trio do Manchester United teve uma época verdadeiramente desoladora, num clube que está habituado a vencer, mas que desta feita ficou em branco. Zero "titoli", como dizia Jorge Jesus. E para Ronaldo a desilusão teve ainda mais impacto, uma vez que, em toda a carreira, apenas em duas épocas não venceu qualquer troféu (2004/05 e 2009/10).
Contas feitas, foram nove os jogadores portugueses que esta temporada foram campeões nacionais. E do lado espanhol? Apenas três: Rodri, que saltou de alegria ao lado de Bernardo Silva e de João Cancelo nos festejos do Manchester City em Inglaterra, e ainda Carvajal e Asensio, que estiveram de corpo e alma na festa merengue na Plaza Cibelles após a conquista do cetro espanhol.
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