Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores da Seleção no duelo ibérico com Espanha, que terminou com um nulo no marcador.
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João Cancelo 5
Demasiado penalizado por um super-Dani Olmo, que lhe fez a cabeça em água durante a primeira parte, com várias investidas da linha lateral para o meio. Acabaria por equilibrar na segunda metade.
Pepe 6
Jogou só 45 minutos, mas teve em si o espírito de luta que faltou à maioria durante a etapa inicial. Despachado e versátil, até ao ataque foi para ganhar faltas... e metros.
Rúben Semedo 5
Entrou como tremores nas pernas, não teve vida fácil nos primeiros 45", mas nos segundos... mudando de lado no eixo, até mostrou jogo de cintura e pés. Perto de marcar no período de compensação.
Raphael Guerreiro 6
Tapou várias vezes as vias deixadas livres por Rúben Semedo e até é do seu pé direito que surge a grande chance da primeira parte, aos 43". Equilibrado, ao seu estilo.
Rúben Neves 5
Demasiado baralhado com as combinações da Roja, não se fez notar nem pelo passe nem pela capacidade tática.
João Moutinho 5
Dificuldades em acertar na marcação à zona - caía quase sempre em Busquets - numa tarefa idêntica à de Rúben Neves, ou seja, ingrata.
Renato Sanches 6
É dele o primeiro disparo (26") luso no jogo e também dele a segunda bomba ao ferro da baliza de Kepa, ao minuto 67".
Trincão 6
Sem apoios decentes na primeira parte, soltou-se com a entrada de William e dos artistas, articulando-se bem com Ronaldo e companhia. Dá o golo a Renato aos 67" e quase marca aos 75", mas Kepa saiu-lhe bem na pressão.
Cristiano Ronaldo 7
Não precisa de dar muitos toques na bola, mas quando o faz, cria quase sempre jogadas de enorme perigo: começou aos 43", ao ganhar as costas da defesa espanhola; continuou aos 45" de cabeça, mas por cima; insistiu aos 53", com um míssil à barra e, aos 71", com um disparo ao lado. Saiu para as palmas, mas também a pensar no jogo de Paris.
André Silva 4
Praticamente não tocou na bola e falhou os momentos da primeira fase de "travão" ao carrossel que a Espanha imprimiu na primeira parte.
Rúben Dias 5
Entrou para render Pepe ao intervalo, mas pouco trabalho teve perante uma Roja que na segunda parte baixou várias rotações. Seguro e eficaz.
William 6
Fernando Santos lançou-o, pois sentiu que a equipa precisava de um guarda-costas, papel que o médio assumiu na perfeição, libertando, por exemplo, Trincão para outras funções. Falhou o golo de cabeça - a bola saiu ao lado - aos 83".
Bernardo Silva 5
Boas combinações à direita que até deram alguma cor a um Cancelo cinzentão, mas sem notas de destaque. Não quis dar passos sem nexo.
João Félix 6
O miúdo que não engana só se enganou na compensação, quando não soube emendar o cabeceamento de Semedo ao segundo poste. Antes fizera furor ao andar sempre a direito e a baralhar os espanhóis - o que faltou, muitas vezes, na primeira metade no jogo português.
Nélson Semedo 5
Foi mais uma substituição para fazer descansar Raphael Guerreiro do que outra coisa, dado que foi para a canhota.
Diogo Jota 5
Em poucos minutos, o novo "menino querido" de Jurgen Klopp ainda teve tempo de atirar ao lado da baliza de Kepa, após incursão desde a esquerda até ao meio.
A FIGURA
Rui Patrício 7
A peça solta que parou o carrossel
Cristiano Ronaldo podia perfeitamente ter sido figura deste jogo, mas teria obrigatoriamente de agradecer o palco a Rui Patrício, tanto foi o trabalho que o guardião teve lá atrás. Na primeira parte começou logo aos 2" a atirar-se à passada de Olmo, que voltou a travar aos 12" e 25", opondo-se com segurança a um perigoso Rodrigo pelo meio. Na segunda parte voltou a dizer "não" a Dani, desta feita numa estirada com o pé em marcha contrária, um dos momentos mais complicados para um guarda-redes. Anthony Lopes foi titular contra Croácia e Suécia, mas cá para nós, cheira-nos que em Paris, a sério, não será...