Portugal um a um frente à Irlanda: pinceladas de Bernardo na noite épica de CR7
Confira as notas atribuídas por O JOGO aos internacionais portugueses no triunfo suado sobre a República da Irlanda, por 2-1, em jogo de qualificação para o Mundial'2022.
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PORTUGAL UM A UM
Rui Patrício 5
Teve de sair aos pés de Connoly (44") para conjurar a primeira situação de perigo criada pelos irlandeses, na antecâmara do golo de Egan. Uma noite inglória.
João Cancelo 5
Um centro bem medido, para a cabeça de Jota, inspirou-o para uma toada mais consentânea com aquilo que sabe e pode fazer. Porfiou e foi mais influente no processo ofensivo.
Pepe 6
O ponta de lança Idah deu-lhe algum trabalho. Grande abertura para Jota e muita atenção nas transições do adversário.
Ruben Dias 5
A disponibilidade do costume, enérgico e decidido. Compensou no flanco esquerdo e meteu o peito para impor respeito.
Raphael Guerreiro 5
Pouco critério nas descidas, com colaboração quase nula nos desequilíbrios e sem a chama que o caracteriza. Não admirou que fosse substituído.
Palhinha 6
Parece que já anda na Seleção há muito tempo, tal é a desenvoltura que coloca em todas as ações. Tipo polvo, está em todo o lado e consegue controlar a zona central do meio-campo.
Bernardo Silva 6
O principal organizador do jogo ofensivo, colocado à frente de Palhinha e ligeiramente descaído para a direita. Agarrou-se demasiado à bola em algumas situações e depois surgiu mais afoito na segunda parte. Aos 71" rubricou grande jogada, cortada in-extremis, e aos 74" falhou o empate de forma incrível. As suas pinceladas foram determinantes até aos golos de Ronaldo.
Bruno Fernandes 5
Sofreu a falta que deu origem à grande penalidade desperdiçada por Ronaldo. Perto de Diogo Jota, nem sempre deu largas à sua criatividade. Um bom tiro no arranque da segunda parte não justificou a permanência dentro das quatro linhas e saiu.
Rafa 4
Pouco influente no processo ofensivo, limitou-se a umas triangulações com Cancelo e Bernardo. Ao intervalo, ficou nos balneários.
A FIGURA
Cristiano Ronaldo: 7
Cabeça de rei no jogo dos 111
De Ronaldo já se disse quase tudo, mas há sempre mais uma história para contar. A de ontem vai falar numa cabeça de rei, que chegou ao golo 111 na consagração do melhor marcador mundial do futebol. É obra! O guarda-redes irlandês negou-lhe o direito de festejar mais cedo, não conseguindo concretizar a grande penalidade. Após o intervalo, com a entrada de André Silva, passou a pisar o corredor e a ter mais bola. Um tiro para fora aos 83" e Bazunu a impedi-lo outra vez de festejar aos 88"...mas estava escrito que tinha de ser ele a salvar a noite, com uma, duas cabeçadas perfeitas. A arte de CR7 é qualquer coisa de sublime!
Diogo Jota 6
Cabeça para golo, aos 28", que só por manifesta infelicidade foi ao poste. O mais dinâmico da frente, teve ainda dois lances de perigo na primeira parte, na compensação, um deles para defesa apertada de Bazunu. Na segunda parte, passou para o flanco direito, surgindo também na zona do ponta de lança.
André Silva 5
Um pontapé de bicicleta sem nexo em 45" esforçados, criando muita "confusão" ao adversário para aumentar o pressing luso.
João Mário 6
Entrou aos 62" para arrumar a casa e conseguiu meter alguma ordem na dita. Aos 87" quase marcava e dos seus pés saiu o cruzamento para o golo do triunfo. Um trunfo de Santos neste regresso à Seleção.
Nuno Mendes 4
Não engrenou, como se desejava.
João Moutinho 5
Esclarecido quanto baste para o assalto final.
Gonçalo Guedes 5
Falso lateral direito, na hora do tudo ou nada, cruzou para o 1-1 e meteu a quinta para acabar com a resistência da Irlanda., acabando por estar ligado à reviravolta.