UM A UM - Análise ao desempenho dos jogadores lusos no Luxemburgo-Portugal, que valeu a qualificação para o Euro'2020
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PORTUGAL UM A UM
Rui Patrício 6
Se frente à Lituânia não teve trabalho, a primeira parte no Josy Barthel proporcionou-lhe alguns sustos. A etapa complementar foi mais tranquila e mostrou autoridade a agarrar a bola quando foi preciso na sua zona de ação.
Ricardo Pereira 6
Entrou bem, com um corte de classe logo aos 7 minutos, mas o veloz Gerson Rodrigues fê-lo sofrer no flanco. Mais certinho na segunda parte, foi um tal atacar pela ala direita e combinar com Bernardo Silva.
José Fonte 6
Duas intervenções preciosas na grande área portuguesa na primeira parte e a sobriedade do costume. Aos 50" cabeceou a rasar o poste da baliza anfitriã. Terminou em esforço e doseou a entrega.
Rúben Dias 6
Esclarecido, a jogar simples no sector mais recuado, foi um dos primeiros a querer construir jogo desde trás. Voltou a formar uma dupla segura com José Fonte e não inventou.
Raphael Guerreiro 5
Tentou dar criatividade ao flanco esquerdo, como é seu apanágio, mas o mau relvado não lhe deu tréguas. Com o Luxemburgo a ameaçar, retraiu-se mais e a segunda parte apagada do canhoto contrastou com as subidas iniciais. Com os ataques a serem canalizados pela direita, pouco apareceu.
Danilo 6
Seguro a patrulhar a zona central do terreno de jogo, mas sem abrir muito o raio de ação. Contou com mais apoio na segunda parte e somou alguns cortes preciosos. Nessa fase, esteve atento a Gerson.
Pizzi 5
Surgiu movido pelo inconformismo nos primeiros 45 minutos. À direita e no meio tentou pegar na batuta do encontro, mas nem sempre foi feliz na decisão. Sacrificado aos 62" para entrar João Moutinho.
Bruno Fernandes 6
Trocou de posições com Pizzi e Bernardo Silva e tentou descobrir o caminho para a grande área. Fê-lo da melhor forma aos 39", com uma excelente receção e um remate imparável que abriu o marcador. Desmarcou Ronaldo aos 58", mas a segunda parte ficou marcada por vários passes falhados e saiu na ponta final.
André Silva 4
No lugar que tinha sido ocupado por Gonçalo Paciência frente à Lituânia, preocupou-se mais em abrir espaços na frente ofensiva do que em atacar a baliza. Evidenciou dificuldades no controlo de bola e, apesar da vontade, não assustou a defesa da casa. Cedeu o lugar a Diogo Jota aos 71".
Cristiano Ronaldo 6
Mais apagado do que o habitual, conseguiu ser o mais rematador, fruto do seu esforço. Com a entrada de Diogo Jota, passou para o centro do ataque, mas a marcação apertada de que foi alvo não lhe permitiu fazer mais. Acabaria por picar o ponto aos 86", com um toque em cima da linha de golo após trabalho de Bernardo Silva e Jota.
João Moutinho 4
O experiente centrocampista entrou para dar critério ao meio-campo, mas revelou-se deveras discreto.
Diogo Jota 5
Deu velocidade ao ataque português na etapa final da partida e foi decisivo no lance que sentenciou o jogo. Aí, viu o capitão-astro "tirar-lhe" a hipótese de se estrear a marcar pela Seleção Nacional.
Rúben Neves -
O médio do Wolverhampton entrou para reforçar o meio-campo português na ponta final da partida, mas não teve tempo para se mostrar.
A FIGURA
Bernardo Silva 7
A exibição da Seleção Nacional no Luxemburgo deixou a desejar, mas desde cedo o criativo do City mostrou laivos da técnica que possui. Num relvado adverso, tentou pegar no jogo em zona central e aos 39" "inventou" um passe magistral para Bruno Fernandes fazer o primeiro da partida. Quis sempre puxar a equipa para a frente, quer com a bola nos pés, quer a libertá-la para os colegas. Na segunda parte destacou-se ainda mais pela clarividência que emprestou ao jogo português. A coroar o que fez de bom, cruzou com conta, peso e medida para Diogo Jota aos 86", no lance que daria origem ao segundo golo.