Político argentino que exigiu pedido de desculpas a Messi, agora nega tudo, pressionado pelo governo
Julio Garro, subsecretário do desporto, disse que o capitão da seleção e o presidente da federação, Chiqui Tapia, deviam pedir desculpa pela canção polémica com teor racista, discriminatório e homofóbico
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Esta manhã o subsecretário do desporto da Argentina, Julio Garro, afirmou - na rádio Urbana Play - que Messi, na condição de capitão da seleção, e Chiqui Tapia, como presidente da federação, deviam pedir desculpa pelo cântico entoado pelos jogadores nos festejos do triunfo na Copa América, onde constam expressões racistas, homofóbicas e discriminatórias dirigidas aos franceses.
A exigência de Julio Garro não caiu bem na Casa Rosada, ou seja, no governo argentino, e este tem sofrido pressões para renunciar ao cargo.
"O capitão da seleção nacional deve pedir desculpas. O mesmo para o presidente da AFA [federação da Argentina]. Deixa-nos, como país, mal vistos depois de tanta glória", tinha dito Garro de manhã.
Entretanto, Julio Garro fez uma publicação nas redes sociais a dar o dito por não dito: "Nego categoricamente que tenha solicitado a Messi que peça desculpas. Seria uma falta de respeito para com quem nos honra permanentemente com a sua qualidade humana e desportiva." Mais tarde, na Radio La Red, disse que as suas afirmações tinham sido "a título pessoal e com boa onda, não em nome do governo".
O presidente Javier Milei republicou um texto onde se pede a renúncia de Garro, o que sugere que as pressão são reais, como refere a Imprensa local.