Desacatos na partida da Taça Libertadores entre São Paulo e Talleres. Jogadores pagaram multa e saíram em liberdade
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O São Paulo-Talleres, da Taça Libertadores, teve momentos quentes no relvado. Numa altura em que os argentinos se queixavam de uma grande penalidade que o árbitro mandou repetir após Lucas Moura falhar a primeira tentativa e já depois de um alegado penálti não assinalado para o Talleres: a polícia entrou em campo e um agente da ordem acabou por acertar na cara de um jogador da equipa visitante, Lautaro Morales, com o seu escudo.
Depois deste incidente, gerou-se a confusão no relvado, com o guarda-redes do Talleres furioso a pedir explicações ao polícia agressor.
Tudo acabou com dois jogadores do Talleres (Portilla e Morales) a serem identificados pela polícia, detidos por desacatos e a terem de passar por audiência durante a madrugada, no Jecrim (Juizado Especial Cível e Criminal) localizado no Morumbis.
A dupla foi liberada mediante o pagamento de uma multa (os valores revertem para as vítimas das cheias no Rio Grande do Sul.
"No intervalo da partida, houve o início de uma confusão em razão da não marcação de um pênalti para a equipe do Talleres. Os atletas foram reclamar com a arbitragem. Como ocorre sempre aqui, a Polícia Militar fez uma proteção para o árbitro. Vocês notam que o árbitro foi um pouco para trás, os policiais fizeram a barreira com os escudos, e o goleiro passou a reclamar que o escudo teria encostado nele. As equipes foram para o vestiário, desceram no túnel, houve mais discussão. Mas até então tudo tranquilo, coisas do futebol, da partida que ainda não tinha se decidido. No final da partida, logo após o apito final, o goleiro reserva passou pelo trio de policiais que faziam a escolta da arbitragem, os mesmos que haviam estado ali no intervalo, e proferiu xingamentos a eles. Isso foi testemunhado por outros policiais e por outras pessoas. No campo, outro atleta também xingou os policiais. Eles foram detidos ainda no vestiário, foram encaminhados para o Jecrim. Estão sendo autuados e vão passar por audiência para serem liberados", explicou o delegado Cesar Saad.