Médio francês cumpriu uma suspensão por doping e está livre de retomar a sua carreira, tendo recordado numa entrevista à revista GQ a forma como passou de titular indiscutível a suplente para Mourinho no Manchester United e a forma como isso o afetou mentalmente
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Paul Pogba, que está livre desde março para retomar a sua carreira no futebol, aos 32 anos, depois de ter cumprido uma suspensão de 18 meses por doping, recordou esta quarta-feira os tempos em que foi treinado pelo português José Mourinho no Manchester United, entre 2016 e 2018.
Contratado à Juventus por uma verba recorde de 105 milhões de euros, o médio francês gerou muito entusiasmo quando regressou a Old Trafford, onde já tinha cumprido a formação, mas com o passar do tempo foi caindo na hierarquia do “Special One”, admitindo que até hoje não sabe porquê e assumindo que desenvolveu uma depressão devido a isso.
“Eu não entendi. Era um jogador que tinha um grande papel na equipa e, do nada, dei por mim no banco. Eu não podia falar, não havia comunicação. Não fiquei feliz e um futebolista que não está feliz não consegue exibir-se bem. Entrei em depressão sem sequer me aperceber, porque ninguém nos ensina o que é a depressão. Isto até começar a ter falhas no cabelo. Eu não entendia o que eram e os médicos disseram-me que era por causa do stress”, contou, em entrevista à revista GQ.
Na mesma entrevista, Pogba mostrou-se aliviado por poder regressar aos relvados, numa altura em que o seu futuro tem sido apontado aos Estados Unidos, Arábia Saudita ou a um regresso a França.
“Se tivesse sido uma suspensão de quatro anos, eu teria desistido do futebol”, disse ainda, referindo-se à sanção que lhe inicialmente atribuída antes da sua redução pelo TAS para 18 meses, alegando que o consumo da substância dopante “não foi intencional e decorreu da ingestão errada de um suplemento [alimentar] prescrito por um médico” na Florida, nos Estados Unidos.