Federação nigeriana assume que o técnico luso pode continuar na seleção após a CAN se assim entender
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De indesejado a (quase) herói. Os resultados ditam as leis no futebol, já se sabe, e a passagem de José Peseiro pelo cargo de selecionador da Nigéria é disso exemplo claro: contratado em maio de 2022, o treinador português enfrentou períodos de grande contestação, com um dirigente da Federação a admitir mesmo, em novembro último, que só as depauperadas finanças do organismo impediam o despedimento ainda antes da realização desta CAN.
Pois bem: veio a competição... e vieram as vitórias que tudo mudam. A Nigéria está nas meias-finais e é apontada como a favorita a vencer a prova, o que motivou uma inversão total na posição federativa em relação ao técnico luso: hoje, a decisão de continuar após a CAN, seja qual for o desfecho da mesma, pertence exclusivamente a Peseiro. “Quer ele decida sair agora ou mais tarde, peço que se digam coisas positivas sobre ele. Se estiver sempre a ouvir coisas negativas, vai ficar desmoralizado. Mesmo que nos separemos, espero que seja uma separação amigável, porque há sempre um amanhã”, salientou Augustine Eguavoen, diretor-técnico da federação (e anterior selecionador).
Para já, porém, vem aí a África do Sul e Peseiro fez um pedido expresso aos jogadores. “Temos de criar mais oportunidades e ser mais eficientes. Temos sentido a falta de criativos, como o Iheanacho [que ainda não jogou, devido a lesão] e o Aribo, mas outros têm de se chegar à frente”, alertou o treinador português.