Estreia de Pepe foi em novembro de 2007, com Scolari. Portugal precisava empatar para ter lugar no Euro2008. Central brilhou no 0-0 com a Finlândia.
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Pepe está de volta à ação e caminha para uma reedição da estreia com a camisola de Portugal. Quase duas décadas e meia depois, o Estádio do Dragão volta a receber a Seleção Nacional num jogo decisivo para a passagem a uma fase final e o central do FC Porto, que a 22 de novembro de 2007 vestiu a camisola das quinas pela primeira vez festejou com alívio um 0-0 sofrido diante da Finlândia que valeu o apuramento para o Euro"2008 joga agora a presença no Mundial do Catar.
Com 39 anos celebrados no mês passado, o defesa que nasceu brasileiro e se naturalizou português continua a desafiar o desgaste da idade. Ontem, treinou com a Seleção Nacional pela primeira vez nesta concentração do play off, com sete dias de atraso impostos pela covid-19. Nada que o afaste do regresso ao onze de Fernando Santos, amanhã, diante da Macedónia do Norte, antecipa-se.
À margem de quaisquer especulações que as mudanças operadas pelo selecionador para compor o onze que venceu a Turquia (3-1) possam inspirar, o regresso de um dos capitães do balneário - tal como sucede no FC Porto - ao contacto com a equipa, a dois dias de um encontro decisivo para o registo impecável de Portugal em fases finais, desde o ano 2000, e para um toque brilhante na carreira de vários elementos desta seleção, foi sentido como um reforço pelo balneário.
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Ontem, na preparação para o treino matinal, em pleno relvado do Bessa, Cristiano Ronaldo fez questão de aplaudir, sozinho, o regresso deste outro capitão. "The king is back", o rei está de volta, saudou, consciente do impacto imediato de qualquer declaração, como quem dá o mote para mais este episódio na impressionante saga de Pepe ao mais alto nível.
O defesa que foi campeão da Europa em 2016 chega a esta partida decisiva na obtenção de passaporte para uma quarta presença num Campeonato do Mundo como um caso sério de longevidade na elite: entre os centrais das seleções europeias que já garantiram lugar no Catar, apenas um - o belga Vertonghen, do Benfica, cinco anos mais novo - o bate em internacionalizações AA: são 136 contra 123.
Pepe nunca se perdeu da elite que conheceu no FC Porto, Real Madrid e Besiktas, - antes de voltar ao Dragão, vai para quatro épocas -, sendo um nome de respeito no balneário e dentro das quatro linhas, num dos tais currículos deste Portugal que merecem só mais este Mundial para a história ficar bem escrita.
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