Domingos Paciência considera que a chegada do central do FC Porto ao onze pode acabar com a crise na defesa da Seleção Nacional
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A defesa da Seleção Nacional está longe de respirar saúde. Nos últimos quatro jogos, Portugal sofreu dois golos em cada um deles, o que já não acontecia há 62 anos. Será doença crónica ou apenas um episódio passageiro? Qualquer que seja o caso, Domingos Paciência avança desde já com um possível remédio para a maleita: Pepe, um central que, no entender do treinador, é a solução para devolver a estabilidade à zona mais recuada de uma equipa que, nos primeiros oito jogos com Roberto Martínez, só tinha sofrido golos num deles.
Desde 1962 que Portugal não sofria dois ou mais golos em quatro jogos seguidos, como agora. Seja ou não preocupante, a solução pode estar na “maturidade e liderança” do jogador de 41 anos.
“O Pepe dá maturidade e liderança ao setor, portanto é natural que isso vá fazer com que a equipa cresça defensivamente. A um bom nível, é natural que o Pepe faça com que esta defesa seja mais eficiente”, comentou a O JOGO. Apesar da proximidade da fase final do Europeu, Domingos acredita que não há razões para o selecionador estar preocupado com os sintomas de fragilidade defensiva. O potencial não será, afinal, tão ameaçador como pode parecer.
“Não se pode dar muita importância aos golos sofridos, porque estes dois últimos jogos foram de preparação e, nesta altura, talvez sejam outros os aspetos que estejam a ser trabalhados. É natural que não seja essa a principal preocupação do selecionador nesta altura. Esse sinal não é preocupante”, disse o antigo avançado, rejeitando ao mesmo tempo a tentação de uma mudança para um sistema tático com uma linha de três centrais.
“Portugal tem tão bons jogadores e tanta qualidade a nível interior, que estar a colocar mais um central iria obrigar a que se retirasse um homem do meio. Teria sempre que sair um médio para entrar mais um central. O que não seria bom, para a criatividade que existe e para a qualidade dos médios. Temos muita qualidade no meio”, encerrou Domingos.