Pepa fala de reforços de Portugal para o Sport Recife e de treinar um dos grandes: "Vai dar cagada"
Treinador português prepara regresso à Série A
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Enquanto aguarda pelas eleições no Sport Recife para ser confirmado como treinador para a próxima temporada, Pepa vai planificando o futuro à frente do emblema brasileiro, que acaba de ascender à Série A do futebol brasileiro.
Pepa espera manter grande parte do plantel, mas sabe da diferença de categoria e maior exigência em escalão superior. Em entrevista ao Globo Esporte falou do mercado: "Assim, por alto, estou a idealizar contratar à volta de dez jogadores. Não é aquela sangria de 20... Não, não, não. Porque é importante ter uma base deste ano. Agora, também é importante ter a frieza de não misturar a emoção e o agradecimento pelo que foi feito, como se isso fosse o suficiente para uma Série A. São coisas completamente diferentes, e temos que ter essa razão e essa frieza de distinguir as coisas. Porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. Agora, é também importante ter uma base. Há condições para ter essa base. Não é que eu não seja bom na matemática, mas é mais fácil, diria, manter à volta de 70% do plantel. Reforços de Portugal? Tudo é possível, tudo é possível. O futebol está tão globalizado, temos tantas ferramentas hoje em dia para poder analisar, ver, pesquisar, portanto, tudo é possível. Temos de estar abertos a tudo. Não é qualquer jogador que joga aqui. Não é qualquer jogador que pode ser escolhido para jogar aqui."
Além de possíveis reforços de Portugal, foi questionado sobre um eventual sonho de treinar algum dos grandes de Portugal: " Se eu digo que é sonho, parece que é um objetivo a curto prazo. Não é, não é. Eu gosto de me sentir feliz onde estou e ser desejado onde estou. Eu digo muitas vezes isto, eu já dizia isto como jogador. Se eu estou num clube, a olhar para outro clube, a querer ser desejado por outro clube, vai 'dar cagada'. Eu tenho de ser desejado onde estou. Eu tenho de dar a vida onde estou. E esse é o meu foco. Tudo o que tiver que acontecer, que aconteça com naturalidade, porque é a vida, é a vida. Não vale a pena estar a desejar. Parece que estamos com inveja de outros clubes, de outros treinadores por estarem ali, ou de outros jogadores. Nada, nada, nada. Vou gastar energia é onde estou. Um dia irei regressar a Portugal? Talvez. Principalmente até pela família, que é algo que não é fácil de... É uma parte que a mim me custa muito, muito mesmo. Mas não vejo isso como... Não me tira o sono."
O treinador português comentou a cláusula de renovação automática em caso de subida à Série A: "Isso, no meu papel, vale o que vale. Sinceramente, para mim, vale muito mais a palavra do que qualquer tipo de cláusula. Portanto, o meu desejo é continuar, mas também não posso ser hipócrita e dizer que está 100% porque não está. Como é público e toda a gente sabe, vai ter eleições, não é? Portanto, tenho que esperar também, porque... Por tudo! Portanto, são coisas que eu não controlo. Mas a probabilidade (de permanência) é muito grande."
Sobre os objetivos para a próxima época, afirmou: "Nós não somos coitadinhos. Não cair parece que vamos fazer os mínimos. Não gosto dessa frase. Prefiro dizer assim: vamos buscar uma Sul-Americana. Pronto, assim não caímos para o ano."