Pep Guardiola e a independência da Catalunha: treinador investigado em Espanha
O técnico do Manchester City está associado ao Tsunami Democràtic, movimento separatista que é suspeito de terrorismo.
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Pep Guardiola está associado a um movimento que luta pela independência da Catalunha e que é investigado por suspeitas de terrorismo.
De acordo com a imprensa espanhola, o relatório da Guarda Civil vincula o treinador do Manchester City devido a um vídeo publicado a favor do Tsunami Democràtic, nome do movimento separatista. Pep Guardiola Guardiola apelou à população catalã que se rebelasse contra o Estado, no seguimento daquilo a que chama “uma potente campanha mediática impulsionada pelas mais altas instâncias políticas”.
Ora, em Espanha, as autoridades acreditam que o movimento começou devido à campanha mediática impulsionada por altas instâncias políticas e setores civis a favor da independência.
“Guardiola não hesitou em colocar a sua voz à disposição do Tsunami Democràtic, juntando-se às suas reivindicações e encorajando a população catalã a rebelar-se contra o Estado de direito. De facto, com o passar dos anos, foi crescendo a presença do antigo técnico do Barcelona em eventos a favor do direito à autodeterminação e da rutura com o Estado espanhol. Pep chegou a integrar a lista eleitoral do partido ‘Junts pel Sí’, nas eleições autónomas de 2015, sendo até à data uma das faces mais visíveis do processo de independência a nível internacional”, referiu a Guarda Civil.
Em 2019, Pep Guardiola, de 52 anos, que é natural de Santpedor, município da Espanha na comarca de Bages, província de Barcelona, comunidade autónoma da Catalunha, publicou o vídeo que coincidiu com as iniciativas mais radicais do movimento, que incluíram a ocupação do Aeroporto Josep Tarradellas Barcelona-El Prat e os protestos na autoestrada, localizada junto à fronteira com a França.
A investigação ao Tsunami Democràtic está a cargo do juiz García Castellón, da Audiência Nacional. Guardiola alegou que o Governo espanhol não procurou o diálogo, de forma a resolver o conflito, optando pela “repressão”. Assim sendo, o treinador catalão apelou ao posicionamento da comunidade.