Pelé marcou o golo mais bonito que "ninguém" viu e parou duas guerras civis
Livros e jornais estão repletos de narrativas brilhantes dos feitos do antigo craque brasileiro, falecido aos 82 anos.
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Ao contrário das carreiras de Cristiano Ronaldo ou Messi, que facilmente poderão ser escrutinadas no futuro, alguns dos melhores momentos de Pelé não foram filmados, mas sim narrados ou relatados, dando azo a alguns floreados que alimentaram o mito do "Rei".
Uma das histórias mais conhecidas é a do melhor golo de sempre que "ninguém" viu. Em agosto de 1959, o Santos venceu por 4-0 no terreno do Juventus e Pelé sentenciou o marcador após dar chapéus a três defesas adversários antes de cabecear para as redes defendidas por Mão de Onça. O lance não foi filmado e, até hoje, é dissecado por cronistas, existindo a lenda que o modesto Estádio Javari teria de ter uma capacidade de um milhão de espectadores para albergar todos os que juram ter visto o lance ao vivo.
Na década de 1960 eram normais as digressões do Santos pelo mundo, com os cachês empolados pela presença de Pelé, e em duas delas, foram interrompidas guerras no Congo e na Nigéria para que todos pudessem desfrutar do talento do "Rei". Outra das histórias visceralmente ligadas à lenda do astro brasileiro terá ocorrido em 1950. À época, o jovem Edson terá ficado comovido com as lágrimas do pai Dondinho, após a derrota do escrete na final do Mundial frente ao Uruguai, no conhecido "Maracanazo", e terá prometido que iria ganhar o troféu Jules Rimet por ele, cumprindo a promessa em 1958 com apenas 17 anos.
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