Pedro Santos vive em Columbus, uma cidade "pacata" para a realidade norte-americana. Em entrevista a O JOGO, o ex-Braga fala sobre os primeiros meses do "sonho", que estão a correr bem. E já só lhe falta marcar um golo...
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Como está a ser essa experiência nos Estados Unidos?
-É muito diferente do que estava habituado em Portugal, mas estou a adaptar-me bem. A minha família também já veio para cá, o meu filho começou na escola e estamos a integrar-nos aos poucos. Estou a gostar muito, está a corresponder às minhas expectativas. Vivo em Columbus, uma cidade muito tranquila, pequena para a dimensão dos Estados Unidos [tem quase 800 mil habitantes], com um ambiente muito familiar. Aqui não há grandes confusões, não é como em Nova Iorque. É um sítio muito pacato e bom para viver.
E em termos de futebol? Ainda não conseguiu marcar...
-É verdade, e já fiz sete jogos. Por acaso, marquei no último fim de semana, mas foi anulado por fora de jogo [risos]. Faltam-nos disputar dois jogos da fase regular, mas já estamos qualificados para os play-offs.
O futebol americano é muito diferente do português?
-Mesmo muito [risos]. Nos primeiros minutos, os jogos até são normais, mas depois chega a uma altura em que é ataque numa baliza, contra-ataque noutra, novo ataque, novo contra-ataque... É muita correria, um jogo pouco tático e com as equipas mais preocupadas em atacar do que em defender. Em Portugal tenta queimar-se tempo, aqui é sempre a andar.
E o ambiente nos estádios?
-É espetacular! Aqui as pessoas gostam mesmo daquilo, mas numa vertente mais de espetáculo, de diversão. Também há sempre muitos golos, uma vez que os ataques das equipas são bons, mas as defesas deixam um pouco a desejar [risos]. Aliás, durante a semana, pouco se trabalha a nível defensivo e durante os jogos há sempre muito espaço. Os avançados também defendem pouco. Aqui, o espírito é muito porreiro.
E como é viver constantemente a viajar?
-Ainda por cima aqui as viagens são todas enormes. Aliás, o clube nem sequer tem autocarro, porque temos de ir sempre de avião para as cidades onde se realizam os jogos fora. Cada um vai no seu carro até ao aeroporto e depois seguimos todos juntos de lá.