ENTREVISTA, PARTE II >> Pedro Malheiro valoriza melhores números na Turquia com época francamente incompleta, sentindo o conforto de estar numa equipa dominante, que joga quase sempre para vencer.
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O lateral discorre sobre alguns encontros e sensações dentro do futebol turco.
“Queria dar um salto e senti que este convite ia dar-me isso. Veio a estreia na UEFA e a visibilidade aqui é enorme”
Jogar numa Liga que consegue ter Osimhen, Mertens, Dzeko, Morata ou Rafa é apelativo...
-Na Turquia, não é de agora, há sempre bons nomes, é uma liga com muita visibilidade. Vários jogadores fortalecem a Liga mas, no campo, são iguais aos outros. Funciona mais como marketing a chegada de jogadores que já atingiram patamares muito altos.
Pedro Malheiro destaca uma Liga cheia de estrelas, o colega Banza, que não se cansa de marcar golos e lembra o feliz encontro com Mourinho
E ainda um treinador como Mourinho.
-É sempre especial defrontar um treinador com tantos títulos e a carreira que tem, mais o seu conhecimento. Não há assim tantos portugueses. Quando o defrontei, era eu de um lado e ele do outro. Deu para trocar algumas palavras junto à linha lateral mas o Fenerbahçe ganhou esse jogo. No final não dava para muito sorrisos.
O Banza, que conhecia de Braga, tem sido nome inspirado no ataque do Trabzonspor...
-É um jogador que nos tem ajudado, feito muitos golos, ainda contamos com mais. Mas funciona o jogo da equipa, no final é isso que importa, que o saldo seja positivo com a conquista dos três pontos.
“Tenho o que queria, ser lateral mais ofensivo”
E certamente tem tido a ajuda de ser um lateral muito ofensivo?
-É certo que ofensivamente me destaco mais agora. Em termos de números é o meu melhor ano e só vai decorrida metade da época. Era o que eu queria, um clube para jogar a UEFA e onde conseguisse ser mais ofensivo. O Boavista era predominantemente defensivo, não conseguia atacar tanto, não tinha o poder ofensivo que tanto procurava. Mas adapto-me a tudo, posso jogar mais à frente ou como lateral de raiz, respeitarei sempre as ideias do treinador.
Quando assinou pelo Trabzonspor não andou dividido por outros apelos?
-Existiram outros convites mas sempre pensei neste como o meu destino, um clube grande, de bons nomes, grandes condições de trabalho e um estádio sempre lotado.
Luta por uma chance na seleção
Malheiro sente-se preparado para entrar nas contas da Seleção aos 24 anos.
Esta saída para a Turquia, e o que tem feito, aproxima-o de um lugar na Seleção?
-Tenho o sonho de representar a Seleção, tento corresponder no meu trabalho diário para um dia merecer algo. Respeito sempre as decisões do selecionador mas vou lutando por essa oportunidade. Temos laterais com o Cancelo e o Dalot, que são de nível muito alto. Vejo o que fazem, a Seleção está bem servida no meu lugar. Mas, claramente, lutarei por essa aspiração.