Pedro Malheiro: "Não houve nenhuma proposta concreta de clubes portugueses"
Lateral rumou ao Al Wasl, onde trabalha sob as ordens de Luís Castro. Na estreia contribuiu para a vitória com golo
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Pedro Malheiro dificilmente podia ter pedido melhor estreia na liga dos Emirados Árabes Unidos. O lateral-direito luso, que se transferiu neste verão para o Al Wasl, depois de uma temporada nos turcos do Trabzonspor, fez o golo que fechou o triunfo caseiro do conjunto orientado por Luís Castro sobre o Bani Yas (2-0), cotando-se como uma das figuras do encontro, e a O JOGO dá conta das sensações após o primeiro desafio no Médio Oriente.
O clube do Dubai tem o objetivo assumido de lutar pelo título, depois de o ver fugir na época passada para o rival Shabab Al Ahli, de Paulo Sousa, que se sagrou campeão com mais 17 pontos.
Primeiro jogo, primeiro golo e primeira vitória com a camisola do Al Wasl. Qual a sensação?
— Muito feliz por esta estreia com a camisola do Al Wasl. Entrar com uma vitória e marcar logo no primeiro jogo é especial. Agora é continuar a trabalhar para dar ainda mais ao clube e aos adeptos.
Porquê a escolha pelos Emirados quando, ao que se soube, havia interesse de “grandes” portugueses. Porque não quis regressar a Portugal?
— Li o que saiu na imprensa sobre o interesse de clubes portugueses, mas a verdade é que não houve nenhuma proposta concreta. Quando surgiu a oportunidade de representar o Al Wasl, senti desde o primeiro momento que era um projeto ambicioso e com uma visão muito clara. Fui muito bem recebido e senti que acreditavam verdadeiramente em mim. Nesta fase da minha carreira, mais do que o nome do clube, valorizo o projeto, as condições para crescer e o desafio que me é proposto. E aqui, senti tudo isso.
No Al Wasl, entre jogadores e equipa técnica, há oito portugueses e seis brasileiros. Podemos falar de uma comunidade lusófona no balneário? Isso tem facilitado a adaptação?
— Sem dúvida. Há um espírito muito positivo no grupo e o facto de termos uma base lusófona forte tem ajudado imenso na integração. A cultura de balneário é muito importante no futebol e aqui encontrei um ambiente saudável, unido e competitivo. Desde os jogadores ao staff, há uma identidade partilhada que nos aproxima e isso torna tudo mais natural, especialmente para quem chega de fora.
Na época passada o Al Wasl ficou em quarto lugar, a quase 20 pontos do campeão Shabab Al Ahli, de Paulo Sousa. Já sabem o que têm de fazer para encurtar distâncias? Quais as principais mensagens que Luís Castro tem passado ao grupo?
— Sabemos que há um caminho exigente pela frente, mas também acreditamos no nosso potencial. O míster Luís Castro tem sido muito claro: o trabalho diário, a exigência individual e coletiva e o compromisso com a ideia de jogo são os pilares para alcançar melhores resultados. A pré-época está a ser muito bem aproveitada para construir essa base sólida. Queremos ser uma equipa competitiva em todos os momentos do jogo e lutar sempre pelos três pontos, independentemente do adversário.