"Peço que não sejam cobardes ao ponto de me crucificarem por um erro..."

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O Brasil de Carlo Ancelotti perdeu esta terça-feira pela primeira vez na história com o Japão, por 3-2, depois de ter estado a vencer por 2-0. Fabrício Bruno, jogador do Cruzeiro de Leonardo Jardim, ficou diretamente ligado ao desaire, perdendo a bola no primeiro golo dos nipónicos e fazendo um autogolo no segundo, tendo pedido desculpas e feito um pedido aos adeptos após o encontro.

"Um lance de infelicidade minha. Quero pedir desculpas e dizer que um lance não me define como jogador. Em toda a minha carreira sempre passei por dificuldades. O pé de apoio ficou longe, acabei por ficar sem força. Erro meu. Assumo a responsabilidade e peço desculpa aos adeptos brasileiros", começou por dizer.

"[é] Filtrar o momento, sentir a dor, mas manter cabeça erguida para seguir em frente. Sou grato a todos os que me ajudaram, o pessoal do balneário que me deu confiança neste momento difícil. O jogador nunca está disposto a falar. Hoje foi i meu dia. Pedir desculpa e seguir em frente", continuou.

"Há muito tempo até ao Mundial. Um erro não me vai definir como jogador. Talvez possam querer rotular-me, criticar-me, faz parte do processo, mas definir-me por 45 minutos, num lance, é impossível. Peço que as pessoas não sejam cobardes ao ponto de me crucificarem por um erro que, infelizmente, aconteceu", acrescentou.

"É continuar a aprender, sentir a dor e ter a cabeça fria neste momento. Quem me acompanha sabe tudo o que passei para estar aqui hoje. A minha família, minha esposa, meus filhos, meu pai, minha mãe, meu irmão... São pessoas que estão sempre no meu dia a dia dando força e confiança. Quando chego ao balneário, a primeira mensagem que vejo é da minha esposa a transmitir confiança e, acima de tudo, atirando-me para cima. Aconteceu", disse ainda, antes de revelar que recebeu muito apoio, mesmo do selecionador, Carlo Ancelotti.

"O míster, antes da conferência, foi ao balneário e deu-me um abraço. Casemiro deu-me muita confiança no balneário. Peço desculpas. O mínimo que posso fazer é pedir desculpas ao adepto. Tenho muita seriedade e resiliência do jogador que eu sou e do quanto eu trabalhei para estar aqui", concluiu.