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O Eibar derrotou, no sábado, o Valência por 2-1. Sensação neste início de liga, a equipa che sofreu o segundo desaire na prova, caiu para o terceiro lugar perante uma equipa onde pontifica Paulo Oliveira que, a O JOGO, desvenda ser o Estádio Ipurúa um dos segredos que explicam esse sucesso. "Sabíamos que seria um jogo muito complicado, pois o Valência só tinha perdido uma vez, mas também sabíamos que as outras equipas sentem muitas dificuldades em nossa casa. O campo é um pouco mais pequeno, mais fechado, abafado e tentámos jogar com isso", afirma o antigo central do Sporting. E os números dão-lhe razão: o Eibar somou 14 dos 21 pontos em casa, no recinto mais pequeno de La Liga, com capacidade para 7083 espectadores e 103 metros por 65 de relvado.
Os alertas do treinador Mendilibar para a "mobilidade do ataque" do Valência também ajudaram ao sucesso da equipa basca, como realça Paulo Oliveira. "O Santi Mina e o Rodrigo não são referências estáticas e isso dificulta. Analisámos o adversário e, também, já conhecia o Rodrigo dos tempos do Benfica. Conhecer um jogador por ter visto noutro contexto acaba sempre por ajudar", revela o internacional português, assumindo, ainda assim, que "por muito que se conheça um jogador, é sempre difícil anulá-lo". "Toda a gente sabe como joga o Messi e o Ronaldo e não é fácil pará-los...", exemplifica.
Do embate com o Valência, e além da "conversa no fim com Rúben Vezo, companheiro na Seleção [sub-21]", Paulo Oliveira elege a entrada de Guedes como um dos momentos. "Aqui em Espanha, foi das maiores surpresas para quem não o conhecia. Entrou nos últimos 20", mas nota-se que o Valência se apoia bastante nele porque é um jogador com muita qualidade e que desequilibra muito", afirma.
Apesar de o Eibar ser oitavo e estar perto dos lugares europeus, Paulo Oliveira salienta que o "objetivo é a permanência". "Se conseguirmos mais além disso, ninguém vai recusar, é óbvio", reforça.