Treinador português criticou os seus próprios jogadores por não terem respeitado a hierarquia da equipa no que toca ao marcador designado de penáltis na derrota contra a Fiorentina e a "Gazzetta dello Sport" avisa que haverá uma mudança na sua forma de gerir o plantel
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A derrota do Milan diante da Fiorentina (1-2), na sétima jornada da Serie A, deixou marca em Paulo Fonseca, que depois de um jogo em que Theo Hernández e Tammy Abraham falharam penáltis, não hesitou em criticar os próprios jogadores por não terem respeitado a hierarquia da equipa no que toca ao marcador designado para esse tipo de lances – Christian Pulisic.
Ora, a “Gazzetta dello Sport” avança esta terça-feira que esse desabafo do técnico português - que também terá “rasgado” a sua equipa no balneário - não foi apenas isso, mas também um sinal de uma mudança de tratamento da sua parte em relação ao plantel, que até agora vinha sendo mais relaxada.
Descontente com a indisciplina “rossoneri” não só neste caso específico, é referido que Fonseca, numa decisão apoiada internamente pelo clube, decidiu enviar uma mensagem indireta aos jogadores, no sentido de que, a partir de agora, “não haverão mais descontos ou justificações tanto em público como no balneário” para atitudes como a do jogo com a Fiorentina.
Recorde-se que Rafael Leão e Theo Hernández, num empate contra a Lázio (2-2), em agosto, protagonizaram uma polémica por terem ficado à margem enquanto Fonseca aproveitava uma pausa para hidratação para dar instruções à sua equipa, motivando críticas, mas não de Fonseca, que sempre desvalorizou o sucedido. Tipo de situação que, agora, será lidada de forma diferente.
A “Gazzetta” refere ainda que Paulo Fonseca, depois desta pausa para seleções, vai reclamar mais liderança no Milan, estando também descontente nesse capítulo, tal como os dirigentes do clube, que “culpam mais os jogadores do que o treinador” por este arranque de época bastante aquém das expetativas, com quatro derrotas em nove jogos disputados, duas delas na Liga dos Campeões.
“Tomori é demasiado nervoso e desatento, Leão não evolui na fase ofensiva porque se sacrifica a cobrir (gostava mais da liberdade que Pioli lhe dava), Theo é anárquico, Morata dá muito na fase de pressão, mas tem marcado menos do que se esperava... porque foi expremido. Pulisic tem tido uma super prestação, mas por carácter não arrasta os outros. Daí a necessidade de um abanão. No recomeço, veremos que efeito isto terá tido”, concluem.