Paulo Bento: "É uma das melhores gerações do futebol português, se não a melhor"
Paulo Bento, selecionador da Coreia do Sul, fez a antevisão ao duelo com Portugal (sexta-feira, 15h00), da terceira jornada da fase de grupos do Mundial'2022.
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O que é preciso para vencer Portugal? "Continuarmos a jogar dentro do que são os nossos limites. Dentro do que é o nosso estilo e a nossa forma de jogar, sabendo, claro, que do outro lado está uma equipa de grande qualidade, uma equipa com qualidade coletiva e qualidade individual. Creio que não faltarei à verdade se disser que estaremos perante uma das melhores gerações do futebol português, se não a melhor. Uma equipa qualificada, que tentará ficar no primeiro lugar e tudo isto traz grandes dificuldades à nossa equipa, mas ao mesmo tempo traz-nos um enorme desafio. É isso que temos de fazer. Procurar responder da melhor forma a este desafio e fazer até ao último momento tudo o que as nossas possibilidades permitam."
Ausência do banco: "São gente que trabalha comigo há muito tempo, envolvida em todo o processo, competente, preparada... Não haverá grande diferença. Vai fazer o que estiver ao alcance para poder tomar as decisões que tiverem de tomar. Terão autonomia completa para o fazer. Com aquilo que nós fazemos, muitas das decisões que tomo durante o jogo são muitas delas que partem deles para mim. Terão de continuar a fazê-lo da mesma forma. Os jogadores estão identificados com a liderança da equipa técnica, delego muito neles. Não haverá problema com isso."
Mexidas em Portugal: "Portugal é uma seleção que, à parte do que é a sua organização, tem uma quantidade de jogadores em qualidade, diria que par a grande maioria das posições. Podem jogar de diversas maneiras, de diversos sistemas táticos, jogadores que dominam todos os momentos do jogo. Uma equipa que faz 3/4 substituições e fica, pelo menos, com o mesmo nível e como já referi, é uma equipa que, no jogo de amanhã, à parte do favoritismo natural, tem um contexto que lhe é favorável. O facto de, com um empate, ser primeiro do grupo e obviamente jogar cm as nossas necessidades. Mas volto a repetir, esse é o grande desafio que temos um desafio bonito, aliciante, que vai colocar-nos à prova. E os nossos jogadores farão tudo até ao ultimo minuto do jogo, esgotando as possibilidades de podermos alcançar o nosso objetivo, que é difícil, mas já o era antes de começar o Mundial."
Sobre Cristiano Ronaldo: "Quando se preparam os jogos, tem-se em consideração o que são, em primeiro lugar, a nossa forma de abordar, aquilo que são as dinâmicas coletivas da equipa, a forma como a equipa joga, como ataca, como defende... Como transita do ataque para a defesa e vice-versa. Esse é o nosso principal foco. Depois temos em consideração as individualidades, as qualidades específicas dos jogadores mais talentosos. A qualidade é muita, acho que o melhor caminho é não estarmos preocupados com o A, B ou C e sim em como podemos tentar superar uma equipa como a Seleção portuguesa."
Hino coreano: "Tenho sentimento, como é evidente. Agora, creio que também irei cantar o hino português. Nasci português, morrerei português. Tenho um orgulho tremendo em sê-lo e parece-me perfeitamente normal que isto aconteça. Não invalida o tremendo orgulho que tenho, de ter liderado estes rapazes durante todo este tempo, por mais de quatro anos."
Memória da Coreia do Sul em 2002: "Os sentimentos são, naturalmente, melhores para o povo coreano do que para o povo português, devido ao que foi o resultado de uma seleção e de outra. É um sentimento de satisfação e orgulho por ter representado o meu país num Mundial. Era a segunda grande competição no espaço de dois anos, foi o meu último jogo como internacional, acaba por ser o finalizar de um trajeto enquanto jogador, de Seleção. São boas recordações, recordar aqueles momentos. Será sempre algo de bom e positivo."