Avançado converteu-se num ídolo do Toluca e O JOGO revela história com sotaque... bem português
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O jogador mais caro da história do Toluca não tardou a converter-se num ídolo no Estádio Nemesio Díaz. Paulinho chegou como um furacão ao futebol mexicano e, ao cabo de quatro jogos, é o nome por quem clamam os adeptos. Nas redes sociais, já circulam adaptações do famoso cântico - “E se o Paulinho mostra os dentes...” -, nas bancadas há bandeiras de Portugal e, para perceber a dimensão do fenómeno, O JOGO falou com um... português. Ricardo Fernandes, 32 anos, partiu para a aventura do “mochilão” em março, rumando a Santiago do Chile e, após passar por vários países, encontra-se no México. Na semana passada, assistiu à vitória (3-0) dos “diablos rojos” sobre o Mazatlán e tudo graças a... Paulinho, claro.
“Através de um amigo meu e do Fernando Meira [agente de Paulinho] tentei arranjar bilhete, mas, no México, é necessário aceder a uma aplicação que eu, com o número português, não consegui validar. Sem a garantia de que poderia entrar no estádio, não iria, porque ainda são duas horas de viagem entre a Cidade do México e Toluca”, conta Ricardo ao nosso jornal. Foi aí que o internacional luso entrou em cena. “Qual não é o meu espanto quando recebo uma mensagem do Paulinho! Ele não me conhecia de lado algum, mas foi da maior humildade possível. Começámos a trocar mensagens, tu cá, tu lá, e ele diz-me: ‘Vais ver o jogo, de certeza’. Conseguiu arranjar-me um bilhete físico e, quando dei conta, estava ao lado dos familiares dos outros jogadores, que me perguntaram como é que eu conhecia o Paulinho”, relata o adepto, surpreendido com a abertura demonstrada pelo jogador: “Faltava hora e meia para o apito inicial e ele ainda estava a falar comigo, a tentar resolver a situação. Não sei se alguma vez seria possível em Portugal, por exemplo”.
Paulinho marcou, Ricardo Fernandes festejou e, no final do encontro, a conversa passou do WhatsApp para viva voz. “Acedi a uma zona VIP, na qual até fui interpelado por um segurança. Mas lá surgiu o Paulinho. Conversámos em português, ele quis saber mais sobre a minha viagem e deu-me a camisola do jogo. De uma simpatia inacreditável. E aí percebi o quão adorado ele já é. Foi o jogador do Toluca mais solicitado, assinou camisolas... Uma autêntica celebridade. Foi o último a sair”, detalha, já com o artefacto especial na mochila. Paulinho, por sua vez, virou sensação. Dentro e fora dos relvados.