Palhinha no futebol inglês: "Aqui é sempre a andar, em Portugal era falta"
Declarações de Palhinha, internacional português do Fulham - equipa da Premier League -, entrevistado pelo Canal 11
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Sair depois do jogo: "O Bruno Fernandes [do Manchester United] já me tinha dito isso que quando se acaba o jogo podes ir a pé para casa. Tranquilamente. Os adeptos à volta deles, mas civilizados, sem faltar ao respeito. Em Portugal era impensável acontecer. São mentalidades diferentes. Há mais respeito pelo jogador, pela família. A pessoa sabe quando tem de intervir ou não. Estava habituado a uma coisa diferente. Parece que os jogadores não podem ter uma proximidade com os adeptos. Devia mudar-se isso nos clubes, nos adeptos também"
Família em Inglaterra: "Tinha o meu irmão na bancada [Fulham.Liverpool], os meus pais vêm no final deste mês e terei mais família no futuro que já estou na casa nova. Mandaram-me mensagens de incentivo, de motivação. Nada fora do normal, senti que estavam ansiosos por mim. A nossa família sente a nossa profissão."
A Premier League: "Aqui não pára, é sempre a andar. Pensei que iam marcar falta, mas não. Na sequência dessa jogada em que pensei que fiz falta marcámos golo. Disse até a um colega que o árbitro ia anular o golo, olhei de lado para o árbitro, vi-o a correr para falar com o Anderson e a validar o golo. Foi um suspiro de alívio. Em Portugal era falta, daí a maneira como reagi."
Agressividade: "Sou um jogador agressivo, tenho vantagem neste tipo de jogo. Mas não jogo com maldade. Isso condicionava a minha forma de jogar, aqui sinto a liberdade. Um corte é como se fosse um golo. A maneira deles viverem o futebol alimenta o jogador. Em Portugal, peca-se por não se deixar jogar mais. Temos muita capacidade e qualidade. Vai ser cada vez mais falado e mais visto se jogarmos mais. Foco-me na equipa não sofrer golos, estou a tentar melhorar as minhas capacidades, mas dou sempre tudo e não deixo o adversário ter sucesso."
Camisolas: "Pedi ao Thiago Alcântara, mas ele trocou com o Andreas Pereira, fica para a segunda volta... Cumprimentei Darwin e Luis Díaz. Sinal de respeito. Fiz questão disso. Não tive tempo para mais do que isso."
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