Pagou para voltar a casa e bisou na estreia: "Podia sonhá-la, mas nunca pensas..."
Declarações de Lucas Pérez, avançado espanhol que pagou 500 mil euros do próprio bolso para rescindir com o Cádiz, da LaLiga, e regressar ao Deportivo da Corunha, histórica equipa da sua cidade e que milita na terceira divisão, em entrevista ao jornal AS.
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Como tem estado desde que regressou a casa? "Estou muito calmo, porque o lado positivo é que estou em casa com a minha família, os meus amigos, a minha namorada... Tem sido uma semana atarefada, conheci os meus colegas, tive a apresentação... Ainda existem pessoas no clube que estavam lá na minha primeira etapa".
O Deportivo da Corunha encheu o estádio na sua apresentação e na sua estreia, em que bisou. Qual dos momentos foi mais especial? "Os dois de igual forma. Eu não imaginava que estariam tantas pessoas na apresentação. Sete, oito, nove mil pessoas... Foi muita gente, um absurdo. Não imaginava esse impacto, mas fico feliz ao nível pessoal porque foi algo que vou levar comigo para o resto da minha vida. Deixa-me orgulhoso e dá-me o sentimento de que fiz algo bom".
Se conseguir ajudar o Depor a subir à segunda divisão, o que sentirá? "A satisfação de ter sido capaz de ajudar e de ter recompensado o clube por tudo o que me deu. O Depor deu-me muito, não só por causa da transferência para o Arsenal [2016], deu-me também felicidade e a minha infância".
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Pagou para regressar: "A situação era o que era. Foi o que a negociação permitiu e era o que o Depor podia. Mas não faz mal, acertámos contas. Não gosto de falar de dinheiro e de comparar situações. A situação passou-se assim e eu vejo-a como um acordo normal. Muitos jogadores baixam o salário para irem para um clube e isso deve ser elogiado. Fazer isso é um investimento e foi o que fiz, investi em mim para estar em casa e ser feliz".
Como descreve a sua estreia? "Podia sonhá-la, pensá-la, mas nunca pensas que vai ser como desejas. Podia ter corrido mal. Podíamos ter perdido e teria sido criado um ambiente não tão bom. Mas ganhámos, as coisas correram bem e isto tem de ser uma constante. Que a gente não baixe os braços. Quando cheguei ao Cádiz, a equipa não ganhava um jogo em casa e não se ouvia um pio... O que vou dizer vai parecer de loucos, mas o jogador sente quando ouve pessoas animadas na bancada, isso traz-lhe motivação, ambição, pele de galinha... Isso sente-se, é bonito e foi o que aconteceu no Riazor".
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