Durante a infância, o Enner teve de vender leite na rua para fintar a miséria
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O Enner nasceu em 1989 em San Lorenzo, no Equador. Durante a infância, o Enner teve de vender leite na rua para fintar a miséria. O Enner chegou a ser acolhido por um clube, o Emelec, para ter um teto. O Enner comeu o pão que o diabo amassou até chegar ao estrelato no seu país.
Aos 33 anos, o Enner tem estado em grande no Fenerbahçe e, antes de partir para o Mundial, interrompeu uma conferência de Imprensa de Jorge Jesus para despedir-se dele com um abraço apertado e recheado de gratidão.
Hoje, o Enner passou por quase todos os degraus do futebol em 90 minutos: a desilusão de um golo anulado pelo VAR, a redenção no penálti que lhe permitiu abrir a contagem de golos do Mundial, a glória de um 2-0 que decretou a primeira derrota de sempre de um anfitrião no seu jogo inaugural e até a angústia de uma lesão que o pode afastar do que resta do torneio.
Enner protagonizou um "one man show" mais poderoso que a tosca cerimónia de abertura e tornou-se a primeira estrela do Catar'2022 perante um camarote de abastados e hipócritas. Enner também ofuscou outra bela história, a do Pedro Miguel. Mas algo me diz que ainda voltaremos a ela...