O processo resultou da suspeita de que o valor de transferências teria sido inflacionado com o objetivo de aumentar receitas das sociedades em causa.
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Face à investigação por alegadas irregularidades financeiras cometidas pela Juventus em transferências de jogadores, a Federação Italiana de Futebol decidiu esta sexta-feira retirar 15 pontos à equipa de Turim, bem como a suspensão dos dirigentes Andrea Agnelli e Maurizio Arrivabene (24 meses), Fabio Paratici (30 meses), Federico Cherubini (16 meses) e Pavel Nedved (oito meses).
Face à penalização pontual, a Juventus - que pode recorrer da decisão - desce para o 11º lugar da Serie A, com 22 pontos. Estava no terceiro posto, com 37 pontos.
Esta decisão tomada pelo Tribunal Federal de Recurso foi além do pedido feito pela Federação Italiana de Futebol, que exigira uma subtração de apenas nove pontos.
Os outros oito clubes visados nas investigações - Sampdória, Pro Vercelli, Génova, Parma, Pisa, Empoli, Novara e Pescada - foram absolvidos pelo organismo.
Em causa está uma investigação a alegadas mais-valias fictícias, relativas a transferências de jogadores, e os ordenados congelados durante a pandemia de covid-19, além de faturação adulterada e comunicações falsas ao mercado de valores. A acusação concluiu que a Juventus estabelecia transações de valor arbitrário, consoante as necessidades de equilíbrio orçamental a apresentar às entidades. As investigações já tinham motivado as demissões do presidente Andrea Agnelli, do CEO Maurizio Arrivabene e do vice-presidente Pavel Nedved.
De acordo com a Imprensa italiana, a federação pretende que as punições aos dirigentes sejam estendidas ao nível da UEFA e da FIFA, o que poderá determinar o afastamento de Fabio Paratici, antigo diretor desportivo da Juventus e atual homem forte do futebol do Tottenham, do futebol por um período de 30 meses.
Esta prática teria sido detetada em relatórios de 2019, 2020 e 2021.
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