Pablo de Lucas, jogador do Viitorul Consta, disse ao jornal "Marca" que a morte de Patrick Ekeng poderia ter sido evitada e relata os momentos que se seguiram ao camaronês ter caído inanimado no relvado.
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"Estava a um metro de distância e pensei que ele tinha chocado com o nosso central. Mas depois percebi que tinha dificuldades em respirar e os olhos vazios...", começou por relatar Pablo de Lucas ao jornal "Marca" sobre a morte de Patrick Ekeng durante o Dínamo de Bucareste - Viitorul Consta (3-3), para o campeonato romeno.
"Estava inerte e o que lhe fizeram foi tudo menos reanimação. Tentava desenrolar-lhe a língua como se se estivesse afogando, quando era evidente que não era esse o motivo. Era tudo um absurdo", afirmou, criticando igualmente a forma como a ambulância entrou em campo e os acontecimentos que seguiram.
"A entrada da ambulância foi outro show. Demorou três minutos a entrar. Parecia que ia com cuidado para não estragar o relvado, parecia que Ekeng só tinha torcido o joelho", considerou.
"Sabíamos que era uma ambulância porque estava pintada como tal, mas dentro havia menos material médico do que num automóvel normal. Circula na imprensa uma imagem em que aparece o desfibrilador, mas não lhe dou credibilidade", acrescentou.
Pablo de Lucas, médio espanhol de 29 anos, ex-Sporting Gijón, Rayo Vallecano e Salamanca, alargou as suas duras críticas aos médicos presentes no local. "Estava o médico do Dínamo, dois elementos do staff clínico... mas ninguém assistiu Ekeng como deveria ser. Não sabiam o que fazer, é como se não tivessem sequer noções de medicina"
"O árbitro era médico, mas enquanto nós lhe pedíamos para dar a partida por encerrada, a sua única preocupação era que não nos aproximássemos para poder retomar o jogo", acrescentou.