"O que é que os adeptos do Chelsea têm a ver com o Putin bombardear maternidades na Ucrânia?"
O antigo proprietário do Chelsea Ken Bates comentou a situação complicada em que se encontra o Chelsea e os seus trabalhadores neste momento.
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Ken Bates, antigo dono do Chelsea, concorda com as sanções impostas a Roman Abramovich, mas critica que os adeptos e os funcionários do Chelsea tenham também de sofrer com a situação, estando o clube impedido de vender bilhetes, comprar e negociar contratos com os jogadores, ter fechado lojas e ter perdido patrocinadores importantes. À conta destas medidas, os funcionários do emblema londrino podem ter os postos de trabalho em risco.
"O facto de não se poder comprar um jogo do Chelsea [na Rússia] deve estar a deixar o Putin cheio de medo, e as pessoas comuns de Moscovo devem estar escondidas em celas por não poderem ver um jogo do Chelsea na televisão", atirou o empresário britânico, num tom irónico.
"Como habitual, são as pessoas que estão a sofrer. Provavelmente há funcionários do Chelsea que se perguntam se vão continuar a ter emprego. Como será o futuro delas? E os adeptos do Chelsea? O que é que eles têm a ver com o facto de o Putin bombardear maternidades na Ucrânia?", questionou, citado pelo Daily Mail.
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O ex-proprietário dos blues critica a forma como o governo inglês está a gerir o processo da venda do clube.
"Isto está a prejudicar os cidadãos comuns ingleses. Não faz diferença nenhuma à Rússia. Isto faz do Serviço Civil um motivo de gozo do mundo. O Abramovich disse: 'Vou vender o clube e tudo o que conseguir vou doar para a caridade'. Eles [o governo] assumiram o clube. Boa. Mas porque não nomearam um administrador e seguiram em frente? Em vez disso, temos todos estes regulamentos, que apenas dão boas manchetes. Se estamos a tentar ajudar a Ucrânia devemos fazer coisas significativas", afirmou.
Falando especificamente de Abramovich, a quem vendeu o clube, Ken Bates diz que não sente "simpatia" pelo oligarca russo e recordou que o negócio foi muito "direto".
"Vender a um russo era o mesmo que vender a qualquer outra pessoa. Naquela altura, não havia diferença. Os negócios que fiz com ele foram sempre diretos e simples. Não sinto simpatia por ele, por que haveria de sentir?", frisou.
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