Nagelsmann, selecionador da Alemanha, recorda a morte do progenitor
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Julian Nagelsmann, atual selecionador da Alemanha, revelou alguns detalhes sobre a vida privada numa entrevista ao Der Spiegel, com destaque para a morte do pai, quando tinha apenas 20 anos.
"Penso muitas vezes nesse dia. Foi difícil. O meu pai não deixou um bilhete de suicídio, não houve qualquer explicação", lembrou. "A forma como tirou a vida demonstra que a sua decisão era muito clara para ele. Para a família foi uma merda, mas ajudou-me a saber que ele queria mesmo morrer e que não era um pedido de ajuda ou um sinal. Acho que tenho de respeitar a sua decisão", prosseguiu.
"Não posso dizer nada mais sobre isto, até porque não sei exatamente o que ele fazia. Tinha 15 ou 16 anos quando me contou. De vez em quando, quando íamos para Munique, ele mencionava isso. Falava muito pouco sobre o trabalho, não tinha autorização para o fazer. E essa é uma das razões pelas quais dizia que tudo era demasiado para ele. Não partilhava as preocupações que tinha, e isso sufocava-o", lamentou. "O meu pai trabalhava nos serviços secretos. Não lhe era permitido falar sobre o seu trabalho", explicou.
Nagelsmann, 36 anos, orientou Hoffenheim, Leipzig e Bayern antes de chegar à seleção alemã.