"O Maradona podia ter-se alojado numa clínica luxuosa e estava num lugar sem condições"
Advogado da enfermeira responsável por Maradona diz que o antigo futebolista não estava a ser tratado nas melhores condições.
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Rodolfo Baqué, advogado da enfermeira que estava responsável por cuidar de Maradona, disse esta segunda-feira que o argentino não estava a receber os cuidados adequados e que a cliente que representa foi pressionada a mentir no testemunho que deu à polícia.
Em declarações à imprensa argentina, o advogado disse que Dahiana Madrid não tinha acesso direto à medicação e adiantou que Maradona caiu e se magoou na cabeça dias antes de morrer.
"A Dahiana Madrid disse que o Maradona se tinha recusado a ser examinado por ela. Mas não foi bem assim. Mas em nenhum dia, excetuando o primeiro, ela podia dar-lhe qualquer tipo de medicação. Não tinha acesso direto a isso, não só naquele dia da morte, mas sempre", atirou.
"Alguns dias antes de morrer, o Maradona caiu e magoou a cabeça. Não foi um grande golpe, mas bateu com o lado direito, o contrário à operação. De seguida, foi levantado. Ninguém ligou para a clínica, talvez por decisão de Maradona. Mas ele não estava em condições de decidir isso", continuou.
"Ele passava dias fechado no quarto, sem sequer ver televisão. Tinha 109 pulsações por minuto, quando todos sabemos que um paciente cardíacos não pode passar dos 80 de frequência cardíaca... O Maradona podia ter-se alojado na clínica mais luxuosa do mundo e estava num lugar sem condições. Se não tivesse ficado lá, ao dia de hoje, provavelmente, não estaria morto", vincou Rodolfo Baqué.