"O Manchester City continua favorito ao título, mas não é pelo que tem jogado"

Alan Shearer, melhor marcador da história da Premier League, com 260 golos em 441 jogos, exerce atualmente funções de comentador desportivo e aproveitou a coluna de opinião que detém na BBC para analisar o estado da corrida ao título inglês.

Nesse sentido, após o Liverpool ter aproveitado o empate entre o Manchester City e o Arsenal (0-0) para vencer o Brighton (2-1) e isolar-se na liderança isolada do campeonato, com três pontos de vantagem sobre os gunners e quatro sobre os citizens, o antigo avançado inglês destacou essa ultrapassagem, mas continuou a apontar o tricampeão como o claro favorito ao título. 

Ainda assim, esse voto de confiança não é baseado no momento de forma da equipa de Pep Guardiola, mas sim na sua experiência neste tipo de situações, já que Shearer considera que o City está vários furos abaixo do nível que já apresentou noutras temporadas. 

“Ainda vejo o Manchester City como favorito ao título da Premier League, mas este sentimento não se baseia em como têm jogado. A equipa de Guardiola não perde há 23 jogos em todas as competições, mas não está no seu topo de forma e algumas das suas exibições neste período estiveram aquém das expectativas. Alguns dos seus resultados têm sido desapontantes e Guardiola deve estar preocupado com o facto de a sua equipa não ter vencido nenhuma equipa do top-5 esta época, em seis tentativas”, salientou, alertando para a próxima oportunidade que a formação terá na quarta-feira, frente ao Aston Villa (quarto) para corrigir esse registo. 

“No entanto, uma das suas principais forças é que já estiveram nesta posição e já o conseguiram [o título inglês] muitas vezes. Os seus rivais podem estar em melhor forma, mas o City tem a experiência para saber que o empate com o Arsenal não foi um desastre. Foi um resultado muito melhor para os gunners, mas não vai afetar o City demasiado, porque ainda falta um quarto da época. Eles foram a minha escolha para vencer a Liga quando começou e não vou mudar de ideias agora”, completou.