Organismo responsável pelo futebol profissional de França acumulou perdas de mais de 600 milhões de euros, agravando, sobremaneira, o anterior exercício financeiro registado
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As restrições impostas pela pandemia de covid-19, como a falta de público no estádio, provocando quebra de receitas em dia de jogo, causaram, à Ligue 1, um prejuízo de 645 milhões de euros no exercício financeiro do organismo em 2020/21.
Os encaixes em dias de partidas da I Liga francesa caíram para apenas 7,9 milhóes de euros, o que representou uma queda de 95% em relação aos 169 milhões de euros acumulados em 2019/20. O mercado de transferências teve igualmente um impacto negativo: de 623 milhões de euros gerados, passou-se para 320 milhões de euros.
Segundo o relatório anual da Direcção Nacional de Controlo e Gestão (DNCG), a ocorrência da pandemia fez disparar as perdas do órgão gaulês, responsável pelo futebol profissional, em 140% em comparação com o sucedido em 2019/20.
Nessa época, a anterior à fustigada pela pandemia do coronavírus, a Ligue 1 havia tido um prejuízo de 269 milhões de euros, em grande parte causado pelo colapso do negócio da Mediapro, que renunciou aos direitos televisivos até 2023/24.
A empresa audiovisual espanhola criou um conflito durante vários meses pelo não-pagamento de 334 milhóes de euros correspondentes aos direitos da Ligue 1 em 2019/20, pelo que foram devolvidos, por quatro anos, à própria LFP.
Poucos clubes da Ligue 1 evitaram prejuízos
Em 20 emblemas na principal liga de França, apenas três (Saint-Étienne, Reims e Dijon) não registaram prejuízos na última temporada (2020/21). PSG (224,8 milhões de euros), Olympique Lyon (107 milhões de euros), Marselha (76 milhões de euros) e Bordéus (67 milhões de euros) foram quem registaram maiores perdas.