O duro depoimento contra Benítez: "Se perde, viola-me, como um saco de batatas"
Uma testemunha revelou as confissões que a falecida mulher do ex-Benfica e Braga lhe teria feito, dando conta dos maus-tratos que sofria
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O antigo jogador de Benfica e Braga Junior Benítez está detido e a ser julgado por alegado incitamento ao suicídio e maus-tratos à falecida ex-namorada, Anabelia Ayala, e nos últimos dias foi tornado público o depoimento de uma testemunha no caso.
Sem ser revelada a identidade da testemunha, esta terá revelado as confissões que Anabelia lhe fazia. "Quando ele perde, bate-me e viola-me. Ele quer fazer sexo. Eu não quero, mas ele obriga-me na mesma", teria dito Anabelia. A testemunha relatou ainda que uma vez viu marcas de violência no peito da falecida e que "o silicone estava encapsulado por um pontapé que o Junior lhe tinha dado".
O jornal Olé revelou ainda outro testemunho, de um condutor de Uber, Enrique, que levou Anabelia ao aeroporto, no México, quando esta tentava fugir de Junior Benítez: "Na altura, trabalhava para a Uber e recebi um pedido. Cheguei e ela estava muito pálida, disse-me que queria ir para o aeroporto, mas que não tinha muito dinheiro". Enrique disse que, segundo ela lhe contara, "ele mantinha-a fechada, sem comida, e batia-lhe". Anabelia pediu-lhe o telemóvel para contactar o pai e o condutor aproveitou para, no dia seguinte, perguntar ao pai se estava tudo bem: "No dia seguinte, escrevi ao pai dela e ele disse-me que ela não tinha viajado porque este tipo a tinha seguido pelo telemóvel."
A pedido do pai, Enrique tentou ajudar Anabelia: "Saiu por uma janela porque a tinha trancado lá dentro. Ela entrou e começou a chorar. Disse-me que ele lhe batia sempre. Subimos ao primeiro andar do aeroporto, este homem apareceu e tirou-a da sala de espera. Gravei tudo, enviei um vídeo ao pai dela a mostrar que ele a estava a puxar. Chegou um agente da polícia, separou-os e ele disse-lhe que ela lhe tinha roubado a mochila. Ele encontrou-a porque ela voltou a ligar o telemóvel, manipulava-a de qualquer maneira e ela tinha medo. Nesse dia, ela voou da Cidade do México e depois para Buenos Aires."
Junior Benítez, refira-se, já foi condenado a cinco anos de prisão por ações contra os pais da vítima, mas agora é julgado no caso da morte de Anabelia.