E se o Pai Natal lhe propusesse escolher entre marcar o golo da vitória na final do Mundial da Rússia ou ganhar uma Bola de Ouro?
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É Natal e ninguém leva a mal. Qualquer sonho, em forma de pergunta, faz sentido - e no que toca a sonhos, Éder provou que a fasquia pode ser colocada bem acima. No rescaldo da Bola de Ouro óbvia de Cristiano Ronaldo e dos méritos de Fernando Santos, o avançado foi confrontado com um dilema: ter de escolher entre marcar na final do Mundial de 2018 ou vencer uma Bola de Ouro. Foi-lhe mais fácil dar um palpite sobre como Ronaldo lidaria com essa questão...
A Bola de Ouro este ano tinha de ser de Cristiano Ronaldo, não é?
- Ganhou tudo, bateu todos os recordes e continua a bater recordes. Não há nada a dizer. Era só entregar-lhe e pronto.
E a seguir é o The Best da FIFA?
- Normal. Ele continua a provar que merece. Acredito que será coroado.
E Fernando Santos? Seria justo um reconhecimento na gala da FIFA?
- Sim, por tudo o que alcançou desde que assumiu a Seleção, na caminhada e no Europeu. Fez algo muito difícil de conseguir e deu o primeiro título ao país.
Ele tem um ar tão sisudo. Com vocês também é assim?
- Sabe quando brincar e quando deve falar a sério com um jogador. É muito especial. Os momentos em que brinca são formidáveis. Diz-nos coisas que... bem, que não posso dizer aqui [risos]
Pode, pode. Esteja à vontade...
- Deixa-nos descontraídos quando temos de estar descontraídos. E não tem nada a ver com anedotas. É a forma como fala de certas coisas. Exemplos que ele dá. Está a falar de uma situação, mesmo da nossa equipa, e pronto dá um exemplo com graça que nos deixa descontraídos e ainda mais disponíveis para ir à luta.
Estamos no Natal, por isso vamos imaginar que havia um Pai Natal disposto a perguntar-lhe o seguinte: "Éder, queres marcar o golo na final do Mundial de 2018 ou ganhar a Bola de Ouro?"
- [Gargalhada] Essa é difícil! Tem de me deixar pensar.
É assim tão difícil?
- Então não é? Preciso de pensar um bocadinho. A Bola de Ouro é a Bola de Ouro [risos]. Ah, mas, espera aí... [baralhado] Ai, não posso responder a isso [risos]
Pronto, vamos facilitar um bocadinho. O Pai Natal diz: "Portugal ganha na mesma essa final, mesmo que não seja o Éder a marcar..."
- Ok, aí já tínhamos um dois em um: Portugal ganhava e eu ganhava a Bola de Ouro [risos]...
Já agora, se o Pai Natal fizesse a mesma pergunta ao Cristiano Ronaldo o que acha que ele decidiria?
- Ambicioso como o Ronaldo é, de certeza que ele ia querer as duas coisas [risos]. Tentaria negociar. E eu também queria...
Quantos pares de luvas já comprou, tem ideia?
- Tenho quatro luvas, para alternar. Portanto, dois pares. A Susana [Torres, mental coach] comprou-me as primeiras. E hoje ofereceram-me uma [pediu para ficar com uma das que foram usadas por O JOGO na produção fotográfica].
Compra-as onde?
- Encontrei aqui uma loja em Lille que vende luvas e chapéus. Só lá fui uma vez e contava voltar um dia destes, porque com a mudança de casa não sei onde as pus, mas como hoje me ofereceram uma, já tenho... [risos].
Virou imagem de marca.
- E é para continuar.