Jogador do Arsenal falou ao jornal espanhol Marca acerca do calvário vivido com as lesões que o atormentam desde 2013.
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Santi Cazorla já vive com dores desde setembro de 2013. Tudo começou no jogo entre Espanha e Chile, um amigável que Cazorla abandonou depois de um toque no pé direito. Em entrevista ao jornal Marca, o jogador desvendou o calvário que tem vivido desde aí e recorda a sensação de jogar com dores intensas. "Aguentava mais ou menos as primeiras partes, se entrasse com calor podia jogar. Mas no intervalo, quando arrefecia, vinham-me as lágrimas aos olhos", recordou.
A vontade de se afirmar no Arsenal, já em 2015, fez com que Cazorla procurasse ignorar as dores insistentes no tornozelo e no pé. Quando não pôde mais, Cazorla submeteu-se a várias intervenções cirúrgicas, "umas atrás das outras", e as palavras dos médicos em Inglaterra pouco animavam o espanhol. "Disseram-me que se voltasse a caminhar com o meu filho pelo jardim, já me devia dar por satisfeito", lembrou. Desde aí, Cazorla realizou mais de oito intervenções cirúrgicas, sendo que uma delas quase lhe custou o pé.
"Continuava a jogar e diziam que estava bem. O problema é que as feridas não cicatrizavam e voltavam a abrir-se, infetavam... Numa foto até se vê o meu tendão. Vi que tinha uma infeção tremenda, que me danificou parte do osso calcâneo e comeu o tendão de Aquiles. Faltavam-me oito centímetros!", recordou. Foi aí que se submeteu a nova ronda de tratamentos, em maio passado, que tiveram sucesso. Depois de um verão de recuperação, o Arsenal deu a Cazorla uma luz ao fundo do túnel ao renovar o vínculo com o espanhol até junho de 2018, sendo que o jogador espera voltar aos relvados até lá.
"Não tenho previsão de voltar antes de janeiro, mas depois voltarei", afirmou, com convicção.