Antigo treinador do Valência lembra que mudança para Espanha foi atribulada, em declarações no Fórum de Treinadores de Futebol e Futsal, em Setúbal
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Ida para o Valência: "Foi um desafio trocar o Rio Ave em crescimento, mas com limitações, pelo Valência. O perfil do jogador era diferente e a exigência e o objetivo eram totalmente diferentes. Lá o treino é dirigido para ter posse de bola e a nossa ideia era diferente, era mais de trabalhar muito, fazer pressão. Tive de insistir com os jogadores para correrem mais que os rivais. E cheguei com o handicap de vir de uma equipa pequena em Portugal, até fui questionado pela imprensa se tinha capacidade. O futebol espanhol é posse! Nos primeiros treinos vi que nem rematavam. Achei que não fazia sentido, tentei mudar isso e incutir a finalização. Houve um choque de ideias de jogo, queria ter menos bola e pressionar mais alto. Perdemos todos os jogos da pré-temporada na América do Sul com equipas inferiores. Havia desconfiança por ser um treinador com dois anos de trabalho numa equipa grande em Espanha. A imprensa valenciana é diferente da restante espanhola. É mais sensacionalista, de extremos, procuram chocar. Na primeira época lutámos pelos primeiros lugares e de repente já colocavam em causa os resultados. Mas não creio que fosse por preconceito em relação aos portugueses."