Novo selecionador moçambicano quer devolver "esperança" a um povo "ávido de vitórias"
Antigo avançado, que atuou no Sporting, falou pela primeira vez como líder da seleção de Moçambique, ao serviço da qual fará uma "missão patriótica"
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O novo selecionador moçambicano, Chiquinho Conde, comprometeu-se, esta terça-feira, a devolver a esperança aos adeptos moçambicanos, considerando o cargo que assume "uma missão patriótica" face a um povo "ávido de vitórias".
"Eu quero trazer essa esperança e capacidade de poder transmitir todo um orgulho e satisfação de representar uma seleção nacional", disse Chiquinho Conde, durante a sua apresentação como treinador dos "Mambas", na Federação Moçambicana de Futebol (FMF), em Maputo.
O novo selecionador substitui o técnico português Horácio Gonçalves, demitido do cargo há pouco mais de uma semana, na sequência de maus resultados.
Para Conde, comandar a seleção moçambicana será uma "tarefa enorme" e não há uma "varinha mágica" para melhorar os resultados, mas o objetivo é "disputar cada bola como se da última se tratasse".
"É com muito orgulho que estou aqui hoje, sabendo perfeitamente que é uma tarefa enorme, uma missão patriótica e também espinhosa que eu vou abraçar, porque o povo moçambicano está ávido de vitórias e precisa ter essa alegria", referiu o antigo avançado, que foi internacional pelos "mambas".
O antigo jogador moçambicano, de 55 anos, que atuou no Sporting, chegou a Maputo no sábado proveniente de Portugal, onde residia, para assinar o contrato de dois anos como treinador.
Além do Sporting, alinhou em clubes como Belenenses Sporting de Braga e Vitória de Setúbal, clube no qual também teve a primeira experiência como treinador em Portugal, depois de orientar vários emblemas moçambicanos, casos de Maxaquene, Desportivo de Maputo, Ferroviário, Vilankulo e União Desportiva do Songo, além da seleção, em 2010.
A FMF justificou o afastamento de Horácio Gonçalves com os maus resultados e queixas dos jogadores acerca do relacionamento com o técnico, que, ao longo de 12 jogos, em seis meses (desde abril), averbou três vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
A saída acontece depois dos desaires no apuramento para o Mundial2022, com Moçambique no último lugar do seu grupo e arredado da qualificação, quando ainda há dois jogos por realizar - os moçambicanos somam um empate (Costa do Marfim) e três derrotas (uma com o Malaui e duas com os Camarões).