Novo CEO do Al Hilal, de Jorge Jesus, avisa: "Não temos dinheiro ilimitado"

Esteve Calzada, apresentado em finais de novembro como novo CEO do Al Hilal, falou esta quinta-feira ao jornal Marca sobre as condições económicas do clube saudita de Jorge Jesus e Rúben Neves, avisando que “não tem dinheiro ilimitado”. 

"Não, claro que não temos dinheiro ilimitado. Temos um orçamento e temos de o cumprir, é isso que a minha direção me pede. É a mesma coisa que pedem aos executivos que estão na Europa, que cumpram a conta de resultados, que eu não me desvie do orçamento que tem de ser definido, que não desperdicemos... No meu caso, tenho objetivos muito bem definidos e que não são diferentes do funcionamento das outras equipas europeias”, explicou. 

O dirigente espanhol, que deixou o Manchester City, considerou ainda que a recente onda de investimento do governo saudita no futebol não se trata de uma “bolha” que irá eventualmente rebentar. 

“Não é uma bolha, de todo, sobretudo porque aqui há adeptos de futebol. Quando a nossa equipa joga, o estádio está sempre cheio e o ambiente que se cria nos grandes jogos, como contra o Al Nassr, que tive a oportunidade de viver ao vivo, não está nada abaixo do da Europa. Existe também um plano de crescimento estável e uma enorme base social. No dia do meu anúncio, sem que eu tenha escrito nada, o número de seguidores nas minhas contas das redes sociais duplicou. É por isso que não se trata de uma bolha, é algo muito real", argumentou. 

“Vejam-se os casos de Rúben Neves, Milinkovic-Savic, Mitrovic, Malcom.... Todos eles vieram para cá no auge das suas carreiras, com 25, 26, 27 anos. Já me ofereceram muitos jogadores desde que souberam que eu vinha para cá, [disseram:] 'O meu jogador está interessado em ir para aí'... Sim, mas talvez não para nós", completou.