Ange Postecoglou é o primeiro treinador do clube nos últimos 100 anos a não ganhar nenhum dos seis primeiros jogos
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Vivem-se dias difíceis no Nottingham Forest. A surpreendente derrota caseira frente aos dinamarqueses do Midtjylland (2-3), para a Liga Europa, na última quinta-feira, fez de Ange Postecoglou o primeiro treinador do clube em 100 anos a não ganhar nenhum dos seis primeiros jogos. Mais concretamente, desde que assumiu o cargo vago após a demissão do português Nuno Espírito Santo: quatro derrotas (uma das quais a ditar a eliminação na Taça da Liga perante o secundário Swansea, depois de ter estado a vencer por 2-0) e dois empates."Vais ser despedido de manhã", cantou em uníssono uma larga franja de adeptos presentes no Estádio City Ground após o terceiro golo do Midtjylland, juntando-lhe ainda cânticos com o nome de Nuno.
O técnico greco-australiano, ainda assim, não se revelou preocupado com o futuro - e a verdade é que, por agora, mantém-se no cargo. "Os adeptos estão desapontados, têm o direito de se manifestar. O ambiente não é bom, mas não me preocupa. Não é um terreno desconhecido para mim. Creio que estamos no caminho certo: se começarmos a ganhar, tudo vai mudar", referiu.
Queda abrupta de sete lugares na Premier
Quando Ange Postecoglou assumiu o comando, o Forest era décimo na Premier, com quatro pontos em três jornadas. Agora é 17.º, com apenas mais um ponto em igual número de rondas, preparando-se para visitar amanhã o reduto do Newcastle, onde Postecoglou perdeu nas duas ocasiões em que ali jogou pelo Tottenham -, sendo ainda a equipa inglesa que mais golos sofreu neste período em todas as provas: 13, em seis jogos.
Aquando da sua chegada, em dezembro de 2023, com o clube no 17.º lugar, Nuno somou três vitórias, um empate e duas derrotas nos primeiros seis jogos. Acabaria por conseguir a permanência com seis pontos de vantagem sobre o primeiro despromovido, levando em 2024/25 os tricky trees à sua melhor época em 30 anos e garantindo a primeira presença do clube nas provas europeias desde 1995. A parte final da época, no entanto, não seria a ideal, o que provocou uma reação pública de desagrado do dono do clube, Evangelis Marinakis, motivando a degradação da relação entre ambos - apesar da renovação de contrato celebrada posteriormente. Acabaria por não durar mais que dois meses: a 9 de setembro, o Forest oficializou a saída de Nuno, que viria a assumir o lugar vago no West Ham após a demissão de Graham Potter, tendo empatado (1-1) na estreia com o Everton, preparando-se hoje para defrontar o Arsenal.