Declarações de Serhii Palkin, CEO do Shakhtar Donetsk, no Thinking Football Summit, sobre como competir em tempo de guerra
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A jogar há 10 anos longe dos adeptos e estádio: "Tivemos de abandonar o nosso maravilhoso estádio em 2014. Temos um clube único porque estamos a viver há mais de 10 anos longe dos nossos fãs e estádio. É muito difícil porque tentamos sempre encontrar a nossa casa, de um sítio para dormir na noite seguinte, enfrentamos desafios muito grandes, já mudamos de estádio seis vezes para jogarmos na champions. Estás anos têm sido… a nossa realidade é muito difícil, é difícil planear. A nossa realidade, a nossa vida está a mudar todas as semanas. Há apenas cinco hora a Rússia bombardeou a Ucrânia. Mas a Elder de tudo isto continuamos a viver e a jogar futebol."
Jogos interrompidos por ameaças de bombas: "O mais importante é a responsabilidade do momento. Ninguém pensa no futebol, toda a gente pensa como vai sobreviver. Todos os meus parentes e amigos deixaram Kiev mas para mim não foi possível, os meus jogadores e treinadores são locais e ficaram cá. Toda a gente pensa na sua vida e o mais importante é mantê-los em segurança. Depois da guerra ter começado, pensamos em como realojar estas pessoas. Construímos o nosso clube de raiz, foi um desafio enorme para nós. Conseguimos jogar no campeonato a um bom nível."
Desafios perante a guerra: "Continuamos a ser campeões da Ucrânia, mesmo para nós é difícil atrair jogador do estrangeiro porque estamos em guerra. É muito difícil. Para mim o sucesso faz se dentro do campo, é o mais importante. Há duas semanas, era suposto termos um jogo numa cidade ucraniana e era suposto que a nossa equipa chegasse dois dias antes. O que aconteceu foi que esse local foi totalmente bombardeado. Conseguem imaginar? O maior sucesso que os nossos jogadores e treinadores têm é poderem ir jogar. Toda a gente me ligou, famílias dos jogadores ligaram-me… é uma catástrofe. O maior sucesso é termos esta mentalidade forte e conseguir jogar perante estes desafios difíceis."
Quais as inspirações: "Estamos muito orgulhosos por jogar na Champions, do meu ponto de vista é um formato muito interessante e para não, enquanto clube ucraniano, é muito importante para nós. É muito importante jogarmos, porque se tivermos a possibilidade de enviar uma mensagem sobre o que está a acontecer na Ucrânia, para nós é muito importante. Temos de continuar a defender a nossa democracia."